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Thursday, June 30, 2022

Mega-Sena, concurso 2.496: ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 43 milhões - Globo

 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 4,50 e apostas podem ser feitas até as 19h — Foto: Marcelo Brandt/G1

Aposta única da Mega-Sena custa R$ 4,50 e apostas podem ser feitas até as 19h — Foto: Marcelo Brandt/G1

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.496 da Mega-Sena, realizado às 20h desta quinta-feira (30), em São Paulo. O prêmio acumulou.

Veja as dezenas sorteadas: 07 - 26 - 31 - 38 - 46 - 58.

A quina teve 50 apostas ganhadoras; cada uma receberá R$ 54.371,58. A quadra teve 3.505 apostas ganhadoras; cada uma levará R$ 1.108,04.

O próximo concurso será no sábado (2). O prêmio é estimado em R$ 43 milhões.

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio

Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio

Para apostar na Mega-Sena

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, com preço de R$ 4,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias

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As 5 maiores altas e as 5 maiores quedas do Ibovespa no 1º semestre de 2022 – e o que esperar para elas até o fim do ano - InfoMoney

O Ibovespa teve em junho seu pior desempenho mensal desde o choque inicial da pandemia de Covid-19, em março de 2020, encerrando um trimestre conturbado nos mercados mundiais por temores de inflação e recessão.

Em junho, o índice fechou em queda de 11,50%, acumulando perdas de 5,99% em 2022.

Além do exterior negativo, receios fiscais domésticos também colaboraram para as perdas recentes dos ativos brasileiros.

Investidores têm fugido de ativos considerados mais arriscados num cenário de alta de juros mais agressivas por parte dos bancos centrais de economias desenvolvidas, priorizando o combate à inflação em vez da proteção do crescimento. Com isso, ações de tecnologia e de varejistas têm sido especialmente impactadas, o que ajuda a explicar as maiores quedas do benchmark da Bolsa brasileira no período.

Confira os principais destaques de alta e de baixa no mês e no semestre do Ibovespa (e as projeções dos analistas para as ações):

Maiores baixas 

Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3): primeiro semestre para se esquecer

Apesar de alguns dias de repique a depender do movimento da curva de juros, o mês de junho foi bastante negativo para as ações de crescimento, fechando um primeiro semestre praticamente para ser esquecido para as empresas varejistas e para muitas empresas de tecnologia.

O caso mais notório é o da ação do Magazine Luiza (MGLU3), que registrou uma derrocada de 67,59% no semestre, sendo 37,10% apenas em junho, o que inclusive foi uma das razões para Luiza Trajano deixar a lista de bilionários da Forbes no último mês do ano.

Figurando entre as maiores perdas, também estiveram as varejistas Via (VIIA3) e Americanas (AMER3), com baixas respectivas de 63,43% e 56,39% no semestre e de 38,85% e 33,18% em junho.

Conforme destaca a XP, quatro fatores principais ajudam a explicar a queda dos ativos, assim como de outras companhias que tiveram forte baixa em junho e no primeiro semestre.

São eles: i) deterioração macroeconômica, ii) aumento do custo de capital, iii) aumento da competição e iv) mudança do foco do mercado.

Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas da XP, apontam que a inflação tem se mostrado mais persistente do que se projetava no começo do ano, com o conflito de Rússia e Ucrânia e continuidade de lockdowns na China contribuindo para sua manutenção em patamares altamente elevados.

“Dessa forma, temos visto uma forte redução do poder de compra do brasileiro o que, aliado a um cenário de forte alta de juros, se traduz em uma demanda altamente fragilizada para bens de consumo, especialmente os discricionários e de preço médio mais alto. Nesse sentido, bens duráveis acabam sendo fortemente penalizados, sendo essa categoria uma das mais relevantes para todos os players de ecommerce, principalmente Magalu e Via”, apontam os analistas.

Além disso, desde fevereiro de 2021, quando a taxa básica de juros, Selic, atingiu o menor patamar dos últimos 20 anos (em 2%), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) aumentou a taxa utilizada como referência para a renda fixa em 11,25 pontos percentuais, indo a 13,25% na última reunião.

Os analistas apontam que o forte aumento não só desmotiva o consumo por tornar o financiamento cada vez mais caro, como também é um desafio para os preços das ações, uma vez que o custo de capital das companhias também aumenta, impactando negativamente o valor dessas companhias. Nesse caso, as empresas de e-commerce sofrem ainda mais por serem papéis com fortes perspectivas de crescimento e, portanto, concentrando grande parte do seu valor em fluxos de caixa mais longos.

O cenário competitivo também tem sido bastante acirrado, contando com os players tradicionais como Mercado Livre, Magalu, Via e Americanas, mas também com nomes como Amazon e Shopee.

“Apesar de termos visto uma racionalização do setor em busca de rentabilidade, principalmente através do aumento das taxas de comissões compradas em seus marketplaces, ainda há desafios de rentabilidade por conta do aumento de competição por marketing (o que se traduz em um maior CAC – custo de aquisição de clientes) além de impulsionar a necessidade de investimentos em melhorar a oferta de serviços para o cliente (como frete grátis, programas de fidelidade, cashback, entre outros)”, apontam.

Neste ambiente, mesmo com a forte queda das ações no mês e no semestre, a XP destaca não recomendar compra para os papéis do setor, com recomendação neutra para MGLU3, VIIA3 e AMER3.

“Apesar da forte queda do setor, ainda não recomendamos compra dos papéis de e-commerce por esperarmos uma dinâmica macro bastante desafiadora pela frente, tanto do ponto de vista de inflação (que deve se manter próxima a patamar de duplo dígito ao longo do ano) como de taxa de juros (com pelo menos mais uma alta esperada no Brasil e um ciclo ainda por vir nos EUA)”, avaliam os analistas.

Além disso, destacam, os movimentos recentes de Amazon e Shopee adicionam risco para o cenário competitivo do setor uma vez que ambas as companhias são altamente capitalizadas, possuem expertise global e tem focado na plataforma de marketplace, onde todas as companhias de ecommerce brasileiras tem concentrado seus esforços frente à fraca demanda de bens duráveis por conta do cenário macro atual.

Um tema que está no radar e que pode ajudar na competitividade das empresas nacionais é a discussão de controles sobre produtos de plataformas estrangeiras. Contudo, a agenda para aumento de taxação de impostos e fiscalização de plataformas estrangeiras, que vinha sendo defendido pelas varejistas brasileiras, deve ser adiada e ficar para o próximo ano, à medida que as eleições se aproximam e devido ao excesso de ruídos que a pauta acabou criando, destaca a Levante Ideias de Investimentos.

A Receita Federal vinha trabalhando numa medida provisória para combater a entrada de produtos falsificados ou sem o pagamento devido de impostos pelas plataformas de e-commerce estrangeiras. Segundo dados da Receita, mais de 700 mil dessas mercadorias chegam todos os dias no país, gerando perda tributária de cerca de R$ 80 bilhões por ano. No foco da ofensiva, estão as americanas Wish e Shein, as chinesas Shopee e AliExpress e o Mercado Livre.

Desde o início do ano, associações setoriais e líderes de diversas varejistas brasileiras vinham discutindo a pauta junto à Receita Federal, Correios e membros do Ministério da Economia. Entretanto, apesar de ainda existirem reuniões em andamento, a postura contrária do presidente Jair Bolsonaro em relação ao tema deve inviabilizar essa pauta neste ano, aponta a Levante.

“Um aumento da fiscalização poderia reduzir em grande parte essas práticas, melhorando a questão da competitividade com as varejistas brasileiras, que muitas vezes acabam perdendo clientes para plataformas estrangeiras que conseguem vender produtos similares por preços muito mais baixos”, apontam. Associações do setor têxtil e do setor de e-commerce
continuam trabalhando no tema e tentado avançar na troca de informações. Em julho, está programado um encontro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) com as secretarias da Fazenda para abordar o tema.

Enquanto essas discussões não progridem, o ambiente segue de maior cautela para as ações do segmento. O Morgan Stanley é outra casa que também continua cautelosa com os ativos. Para Magazine Luiza e Americanas, a exposição é equalweight (em linha, equivalente à neutra), enquanto para Via é underweight (exposição abaixo, equivalente à venda).

Em podcast do Stock Pickers (veja o vídeo abaixo) Felipe Guerra, sócio-fundador e CIO da Legacy, afirmou que neste cenário de desaceleração econômica global, a Legacy busca estar mais vendida do que comprada na bolsa brasileira, principalmente no setor de consumo. “É um cenário péssimo para Bolsa, tem que ter um portfólio que se beneficia com os juros mais alto por muito tempo”, destacou.

Em um ambiente visto como cada vez mais provável uma recessão nos EUA, os especialistas têm destacado que a economia brasileira não vai passar impune e está fadada ao mesmo destino. Além de ser um país emergente e historicamente sofrer mais em tempos de aversão ao risco, o Brasil também passa por uma eleição presidencial, o que aumenta as incertezas em torno do país.

Locaweb (LWSA3) e Méliuz (CASH3): pressão sobre as “techs”

De segmentos um pouco diferentes, mas também sendo empresas cujas ações são de crescimento – concentrando grande parte do seu valor em fluxos de caixa mais longos – estão Locaweb (LWSA3) e Méliuz (CASH3), que completam a lista das 5 maiores quedas do Ibovespa no 1º semestre. CASH3 fechou o semestre em baixa de 66,67%, a R$ 1,08, a segunda maior queda do índice, enquanto LWSA3 teve baixa de 57,29%, a R$ 5,62, a quarta maior queda do benchmark da Bolsa.

Entrando no micro das empresas, no caso da Locaweb, o resultado do último trimestre do ano passado, divulgado no final de março, não agradou, com a companhia registrando prejuízo de R$ 7,2 milhões, impacto por aquisições.

As ações tiveram forte queda (também impactadas pelo cenário macro) e, em meados de maio, o Bradesco BBI chegou a elevar a recomendação (que tinha sido cortada de equivalente à compra para equivalente à neutra após o resultado do 4T22) para neutra.

Para os analistas do BBI, os desafios operacionais ainda persistem, mas o valuation parecia mais razoável após uma queda de cerca de 30% da divulgação de resultados até aquele momento, ainda que registrando um prêmio em relação a outras companhias de tecnologia, como Totvs (TOTS3).

Contudo, no acumulado do último mês após a elevação da recomendação, as ações seguiram em queda, também em meio ao cenário global mais negativo.

“Em nossa tese, os principais riscos são: (i) a desaceleração potencialmente mais forte do e-commerce e consequentemente dos volumes de GMV [volume bruto de mercadorias]; e (ii) a alavancagem operacional menor do que o esperado de empresas recém-adquiridas que ainda podem pesar nas margens no curto/médio prazo”, apontaram os analistas.

Também no pódio de top 5 de maiores quedas do Ibovespa, o Méliuz também sofre com a alta de juros e por seguir vivendo o dilema entre expansão de sua base e maior rentabilidade. Em maio, na tele da companhia pós-balanço do 1T22, os executivos da companhia afirmaram que, para os próximos trimestres, a companhia passará a focar no aumento da receita por cliente.

Israel Salmen, diretor executivo (CEO, na sigla em inglês) da companhia de cashback, afirmou que a ideia era “pescar dentro do próprio aquário”, uma vez que a base de usuários da companhia tinha chegado a 23,6 milhões de contas no 1T22 – alta de 44% no ano e número 1,2 milhão maior do que os registrados no fim de dezembro. Com isso, o Méliuz espera ainda gastar menos com marketing e despesas comerciais.

Contudo, os analistas de mercado destacaram que o aumento da lucratividade ainda é algo a ser visto. No 1T22, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 17,1 milhões comparado aos R$ 4,9 milhões no 1T21, impactado por margens brutas menores e aceleração das despesas com pessoal, uma vez que a base de funcionários continuou aumentando, atingindo 996 funcionários (de 929).

“Como os custos continuaram pressionando o Ebitda, acreditamos que o desempenho operacional do Méliuz ainda deve pesar nas preocupações dos investidores sobre a rentabilidade de médio/longo prazo”, avaliaram os analista do BBI na ocasião.

O Morgan Stanley, no começo do mês, reduziu o preço-alvo para os ativos CASH3 de R$ 4,50 para R$ 3, com recomendação equalweight (exposição em linha com a média dos mercados) para os papéis, também destacando maior pressão de gastos. “Com o segmento internacional e operações de serviços financeiros ainda em fase inicial, proporcionando visibilidade limitada, permanecemos equalweight com os ativos”, apontaram os analistas.

Em junho, a ação CASH3 também foi destaque de baixa do Ibovespa, com queda de 43,16%. Complementando a lista de baixas do último mês do semestre, as maiores perdas ficaram concentradas, além de varejistas, também em companhias ligadas ao setor de turismo, como Azul (AZUL4, R$ 12,38, -38,44%), Gol (GOLL4, R$ 9,07, -37,49%) e CVC (CVCB3, R$ 6,98, -36,08%), com alta dos preços dos combustíveis e do dólar ameaçando a retomada do setor de turismo. A CVC ainda realizou oferta de ações no final do mês.

Confira as maiores baixas do Ibovespa no semestre: 

Empresa Ticker Cotação Variação
Magazine Luiza MGLU3 R$ 2,34 -67,59%
Méliuz CASH3 R$ 1,08 -66,67%
Via VIIA3 R$ 1,92 -63,43%
Locaweb LWSA3 R$ 5,62 -57,29%
Americanas AMER3 R$ 13,43 -56,39%

Maiores altas

Cielo (CIEL3): ótimo primeiro semestre do ano

Em um primeiro semestre de queda para o Ibovespa, as altas são mais restritas, mas algumas bem significativas.

O grande destaque de alta no semestre ficou com a Cielo (CIEL3), que conseguiu fechar com ganhos acima de 65%, apesar da queda de cerca de 5% dos ativos em junho.

No final de maio, o JPMorgan elevou a recomendação da ação da Cielo de neutra para ‘overweight’ (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra), com um preço-alvo de R$ 5. O banco também destacou a companhia como a sua preferida no setor de pagamentos.

A elevação de recomendação pelos analistas ocorreu após cinco anos entre recomendações neutra e underweight (exposição abaixo da média do mercado) pelo banco. Na visão da casa, a credenciadora de maquininhas apresentou melhora operacional; os últimos balanços apresentados pela companhia corroboram essa visão.

O banco justifica a mudança de visão sobre as ações da adquirente após alguns dados trazidos pela empresa em seu balanço do primeiro trimestre, com destaque para o fato de a Cielo ter estabilizado sua participação de mercado, conseguido repassar preços no pré-pagamento e ter mantido seus gastos de forma disciplinada.

Por outro lado, a quem esteja cético com a tese de investimentos, caso do Itaú BBA, que segue com recomendação neutra para os ativos e preço-alvo de R$ 4,30. No começo de junho, o Safra manteve recomendação neutra para os ativos, mas elevou o preço-alvo de R$ 3 também para R$ 4,30.

“Apesar de relevante melhora esperada nos resultados, mantemos a classificação neutra para a Cielo, considerando o forte desempenho recente das ações que parece incorporar a mudança na dinâmica competitiva dos negócios de adquirência”, apontaram os analistas na ocasião.

Eletrobras (ELET3;ELET6): marco com privatização

No primeiro semestre, a Eletrobras passou por um marco, cuja expectativa para que ele acontecesse tinha guiado as ações nos últimos anos e, principalmente, neste último mês e no semestre. No acumulado do ano, os ativos ELET3 subiram 40,88%(alta de 9,63% em junho) e os ELET6 avançaram 47,04% (avanço de 12,18% no mês). Em junho, além de Eletrobras, apenas as ações do Fleury (FLRY3, R$ 16,30, +7,38%) – com o anúncio de acordo para fusão com a Pardini (PARD3) – e WEG (WEGE3, R$ 26,45, +4,42%) tiveram ganhos no Ibovespa.

A oferta de ações para privatização da Eletrobras foi precificada em 9 de junho e movimentou mais de R$ 33 bilhões. O valor da operação a colocou como a segunda maior oferta de ações do ano no mundo no ano.

A venda da estatal de energia via Bolsa foi o maior movimento de desestatização do país em duas décadas. A expectativa de analistas é de  que a privatização permita maior fôlego financeiro para investir em fontes de geração renovável e novas tecnologias, corte de custos e despesas e diminuição dos mais de R$ 80 bilhões.

Especialistas ponderam, contudo, que a “virada de chave” não deve ocorrer no curto prazo, mas faz parte de um processo que pode demorar anos para ser concluído.

Na véspera, o UBS BB destacou em relatório que a companhia deve definir sua gestão no curto prazo, e num futuro próximo deve gerar valor por meio da comercialização de energia, redução de despesas operacionais e gestão de balanço, com redução de compulsórios, crédito tributário e alavancagem.

Na última semana, foram anunciados os nomes indicados para o conselho para os próximos três anos, enquanto a assembleia geral extraordinária para definição do conselho acontecerá no dia 5 de agosto. O próximo passo será a decisão sobre o novo diretor-presidente, que deve ter conhecimento do setor, avaliam. O UBS BB tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 70.

Já nesta quinta, o Bank of America elevou o preço-alvo de Eletrobras de R$ 50 para R$ 62, com recomendação de compra, à medida que o BofA considera o upside esperado de privatização (potencial de valorização de 40%).

Hypera: mais motivos para ficar positivo

Além de ter registrado resultados positivos ao final de 2021 e sinalizando continuidade dos bons números em 2022, a fabricante de medicamentos Hypera  (HYPE3) também conseguiu endereçar temas que pressionavam suas ações, o que contribuiu para uma alta de 36,61% dos ativos no período.

No fim de maio, a companhia anunciou ter chegado a um acordo de leniência, relacionado a pagamentos indevidos de executivos a políticos que se tornaram públicos em junho de 2016, cujas investigações internas foram concluídas em maio de 2020.

A empresa concordou em pagar R$ 110 milhões e dar continuidade ao seu Programa de Integridade, que será monitorado nos próximos 18 meses pelas autoridades. Segundo a empresa, o fundador João Alves de Queiroz Filho (principal acionista, com 21,4% de participação) financiará integralmente a multa.

A notícia foi bem recebida pelos analistas de mercado, que passaram a ficar ainda mais positivos ainda com o ativo. “Esta é uma notícia claramente positiva para as ações. O acordo pode destravar valor a nosso ver, uma vez que põe fim às preocupações relacionadas a uma multa bilionária ou até mesmo ao risco de benefícios fiscais. A governança corporativa também melhora, significativamente, com a remoção dessas incertezas”, apontaram na ocasião os analistas do Bradesco BBI.

A multa para a empresa será zero, contra R$ 300 milhões projetados pelo Bradesco BBI, e os analistas ressaltam que o acordo confirma que a empresa não se beneficiou das irregularidades.

“Vemos este evento como um catalisador para as ações e reafirmamos nossa recomendação de compra”, destacaram. Para os analistas do BBI, as ações estão sendo negociadas a um atrativo múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 14,6 vezes para 2022, em linha com a média histórica de 15 vezes, o que parece injustificado, dado uma projeção de crescimento anual ponderado do lucro por ação de 21% no período entre 2022 e 2024, os fortes fundamentos de crescimento de longo prazo e nenhum risco adicional em relação à leniência.

O Itaú BBA ainda destacou que o anúncio do acordo de leniência em termos muito melhores do que o esperado pelo mercado provavelmente desencadeará uma reclassificação dos ativos. O banco ainda ressalta que Hypera tem estado no topo de sua cobertura no setor de saúde em termos de resultados operacionais consistentes e sólidos nos últimos trimestres.

BB Seguridade (BBSE3): top pick do setor

A BB Seguridade despontou entre as maiores altas do semestre, com ganhos de 30,07%, aparecendo também na lista de preferidas dos analistas de mercado no setor de seguros.

Os analistas do Itaú BBA apontam que, entre as empresas de serviços financeiros que cobrem, observam que as seguradoras não sofrem imediatamente com a piora do cenário macroeconômico, além disso se beneficiam de juros altos. Diante da perspectiva de crescimento relativamente certo dos lucros para este ano, sobretudo impulsionados pelas altas taxas de juros, no final do mês elevaram a recomendação de BB Seguridade de neutra para “compra”, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 23 para R$ 32. Eles também destacaram preferência dentro do setor diante de sua exposição ao agronegócio e melhor liquidez de negociação no papel. frente a Caixa Seguridade (CXSE3), para a qual também possuem recomendação de compra.

“Entrando mais a fundo nas empresas, vemos que a BB Seguridade deve registrar impulso tanto na receita quanto na lucratividade, à medida que avança para fechar o ano com alta de 39% na receita bruta, totalizando R$ 5,5 bilhões. Já os prêmios emitidos devem expandir 15% na comparação anual, impulsionados principalmente pelo setor rural (avanço de 28%). Tal crescimento deve equilibrar a queda de 9% do setor prestamista. Enquanto isso, a taxa de sinistralidade deve ser um benefício para a receita operacional a partir do segundo trimestre de 2022, uma situação que tende a permanecer até o ano que vem, com melhorias nos segmentos Rural e Vida”, avaliam.

Juros mais altos e uma redução na inflação devem aumentar o resultado financeiro da empresa para R$ 1,1 bilhão neste ano, ante R$ 110 milhões em 2021, apontam. Esse cenário deve continuar favorecendo o crescimento do lucro em 2023, quando esperam uma expansão de 9%.

No início de junho, o BofA reduziu o preço-alvo de R$ 31 para R$ 30 para BBSE3, mas destacou preferência pelo papel frente CXSE3, avaliando que a BB Seguridade é mais lucrativa e está apoiada pela recuperação dos resultados operacionais e financeiros.

Os analistas esperam que a seguradora tenha um crescimento nos lucros de 33% em 2022, 11% em 2023 e 10% em 2024, à medida que se aumenta marginalmente as estimativas da margem financeira líquida.

Minerva (BEEF3): ganhando com virada do ciclo

A Minerva está entre as maiores altas do Ibovespa nos primeiros seis meses de 2022, com ganhos de 28,45%. Ao comentar os resultados do primeiro trimestre de 2022 da companhia, apresentados em meados de maio, a Eleven destacou que além de seguir enxergando uma demanda internacional bastante aquecida para 2022 com uma oferta global apertada, acredita que a partir do segundo semestre o mercado começará a ver uma recuperação na disponibilidade de animais para abate no Brasil. Isso contribuirá para menores preços do boi gordo e, portanto, melhores margens para os frigoríficos também no mercado doméstico.

“Percebendo que o mercado pode ter começado a reagir tardiamente a uma provável reversão de ciclo bovino nos EUA e no Brasil, com tendências de piora de margem lá e melhora aqui, entendemos que as ações de Minerva ainda ofereçam um upside interessante ao nosso preço-alvo de R$ 18,00. Por isso, mantemos nossa recomendação de compra para BEEF3”, destacaram na ocasião. Os papéis BEEF3 fecharam a última quarta-feira a R$ 13,56, ainda um potencial de valorização de 33%.

Para o Morgan Stanley, a companhia apresenta a melhor narrativa de exportações, escala, menores ruídos com o noticiário externo e ciclo positivo.

“Os players sul-americanos são os principais vencedores em um Super Ciclo de Carne Bovina, e o BEEF3 tem a maior exposição à dinâmica global de oferta e demanda. A Minerva tem geodiversificação, boas perspectivas de ganhos além de 2022 e forte fluxo de caixa livre”, avaliam os analistas do Morgan.

Confira as maiores altas do Ibovespa no semestre: 

Empresa Ticker Cotação Variação
Cielo CIEL3 R$ 3,75 +65,54%
Eletrobras PN* ELET6 R$ 46,70 +47,04%
Eletrobras ON* ELET3 R$ 46,20 +40,88%
Hypera HYPE3 R$ 38,04 +36,61%
BB Seguridade BBSE3 R$ 25,96 +30,07%
Minerva BEEF3 R$ 13,27 +28,45%

*como a lista de maiores altas é composta por duas classes de ativos da mesma companhia, estendemos o ranking para o sexto lugar

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Neoenergia (NEOE3) arremata maior lote em leilão de projetos de transmissão de energia - InfoMoney

SÃO PAULO (Reuters) – A Neoenergia (NEOE3) arrematou nesta quinta-feira o lote 2 do leilão de transmissão de energia, o maior ofertado no certame, com lance de uma receita anual permitida (RAP) de 360 milhões de reais, o que representa um deságio de 50,33% ante o valor máximo de 724,7 milhões de reais estabelecido pelo regulador.

O lote 2 compreende linhas de transmissão entre Minas Gerais e São Paulo, somando 1.707 quilômetros de extensão.

São estimados investimentos de 4,94 bilhões de reais no empreendimento, aumentando a capacidade de transmissão no Estado mineiro, que tem se tornado foco de projetos de geração solar fotovoltaica.

A elétrica controlada pela espanhola Iberdrola disputou ativo com outros nove grupos habilitados, incluindo as elétricas EDP Brasil (ENBR3) e consórcios compostos por Equatorial e Mercury, por ISA Cteep (TRPL4) e Taesa, e por Engie Brasil (EGIE3) e Copel (CPLE6). Dois grupos se habilitaram para participar, mas não apresentaram proposta.

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Micro e pequenas empresas já podem aderir ao Pronampe - GOV.BR

A partir desta quinta-feira, 30 de junho, as micro e pequenas empresas já poderão buscar junto ao banco de sua preferência a linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (PRONAMPE).

Para obter o empréstimo, os empresários precisarão compartilhar com a instituição financeira os dados de faturamento de suas empresas. O compartilhamento é feito de forma digital, acessando o e-CAC, disponível no site da Receita Federal em gov.br/receitafederal e clicando em “Autorizar o compartilhamento de dados”.

Assim que realizado o compartilhamento das informações, o empresário estará apto a negociar o empréstimo junto ao banco de sua escolha.

Se no momento do compartilhamento de dados, o banco não estiver listado na relação de possíveis destinatários, o empresário deve entrar em contato com a agência bancária e verificar a previsão de adesão ao sistema.

A Portaria RFB nº 191, publicada hoje (30) estabelece as regras sobre os dados que serão compartilhados.

Compartilhamento de dados

O novo modelo de compartilhamento de dados disponibilizado pela Receita Federal é totalmente seguro e atende às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Quem tem total controle sobre as informações compartilhadas é o titular dos dados.

A solução implantada já foi avaliada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) que, em sua Nota Técnica nº 38/2022/CGF/ANPD, concluiu que "[...] o tratamento de dados a ser efetuado pela Receita Federal através do sistema Compartilha é lícito, uma vez que há previsão legal no art. 27, caput, da LGPD, desde que realizado mediante o consentimento informado do titular dos dados. [...]".

Conheça a Portaria RFB nº 81/2021 que aprova o sistema.

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Wednesday, June 29, 2022

Após dia de alta, dólar cai 1,39% e fica em R$ 5,193; Bolsa fecha em baixa - UOL Economia

Tanto o dólar comercial quanto o Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, caíram na sessão de hoje. A moeda americana encerrou o dia com queda de 1,39%, cotada a R$ 5,193. Já o Ibovespa terminou o pregão com recuo de 0,96%, a 99.621,58 pontos.

Na variação semanal, o dólar caiu 1,14% e na mensal cresceu 9,27%. Na variação anual a moeda recuou 6,87%.

O dólar perdeu fôlego depois de chegar ontem ao maior patamar ante o real em quase cinco meses. Os investidores agiam com cautela por temor de recessão nos Estados Unidos.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, disse que a leitura de parte dos mercados financeiros é de que esse sinal de fraqueza na maior economia do mundo, com as perspectivas para os próximos trimestres também incertas, poderia forçar o banco central norte-americano a parar de subir os juros antes do planejado. Ele, porém, explicou que acredita que isso seja pouco provável.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Bolsa registra perdas

A Bolsa também caiu e encerrou o pregão a 99.621,58 pontos. A queda no Ibovespa foi de 0,96%.

Ocupava o foco de atenções o substitutivo da chamada PEC dos Combustíveis, que prevê um impacto total de 38,75 bilhões de reais em razão de novos benefícios, como aumentos nos valores do Auxílio Brasil e Auxílio Gás e a criação de voucher para transportadores autônomo de carga.

Na variação semanal, a Bolsa subiu 0,96%. Na mensal, caiu 5,56% e na anual, 4,96%.

Os papeis com a maior alta na Bolsa foi da MRV Engenharia (MRVE3), que subiu 3,54%. Os dois extremos da Bolsa foram ocupados por empresas do setor de saúde. Enquanto a Rede D'Or ficou em segundo lugar entre as que mais cresceram, com aumento de 3,39%, a Qualicorp (QUAL3) foi o destaque negativo, com queda de 8,38%.

*Com Reuters

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Após dia de alta, dólar cai 1,39% e fica em R$ 5,193; Bolsa fecha em baixa - UOL Economia
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Bomba-relógio deve explodir no próximo governo e faz Risco Brasil disparar - VEJA

O Risco Brasil disparou quase 30% somente no decorrer do mês de junho. O índice que mede basicamente o perigo de se investir no país está em 281 pontos, o maior nível desde maio de 2020, quando os mercados ainda estavam em pânico pelo início da pandemia. Se o Risco Brasil é de 281 pontos, o investidor precisaria receber 2,8 pontos percentuais a mais em um título do que ele receberia no Tesouro americano, que é o índice de referência e considerado o mais seguro do mundo. Em outras palavras, não está muito vantajoso arriscar investir no Brasil.

Para alguns economistas, existe uma bomba fiscal que só deve explodir em 2023, no próximo governo. “O fiscal vai explodir, a conta vai vir e não vai fechar. Além dos gastos fora do teto que já estressam o mercado, ninguém sabe qual será o efeito da Selic no pagamento dos juros sobre a dívida da União. Existe uma bomba-relógio em todos os sentidos para a próxima gestão”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora. Nesta quarta-feira, 29, o novo texto da antiga PEC dos Combustíveis que prevê gastos adicionais de quase 40 bilhões de reais foi revelado e a bolsa brasileira amargou mais um pregão em queda.

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Tuesday, June 28, 2022

Conta de luz: Aneel vai rever reajustes tarifários aprovados até maio; índices chegaram a até 24% - Globo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai rever os reajustes tarifários aprovados de fevereiro a maio para considerar no cálculo a devolução de tributos pagos a mais pelos consumidores de energia no passado. A tendência é que os reajustes, que em alguns casos chegaram a até 24% neste ano, sejam reduzidos.

A informação foi divulgada pela diretora-geral interina da Aneel, Camila Figueiredo Bomfim Lopes, durante reunião desta terça-feira (28) da diretoria da agência.

A devolução dos tributos pagos a mais pelos consumidores foi objeto de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional neste mês, numa ofensiva do Congresso e do governo para atenuar os reajustes da conta de luz em ano eleitoral.

O projeto foi sancionado sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira (27). A publicação consta no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (28).

A mesma lei que autorizou a devolução dos valores obriga a Aneel a aplicar os descontos nos reajustes tarifários das distribuidoras de energia e a fazer uma revisão tarifária extraordinária no caso daquelas que já passaram pelo processo de reajuste.

Os termos dessa devolução, contudo, serão definidos pela Aneel. Ao todo, há um saldo de R$ 48 bilhões em créditos tributários para serem usados, frutos de impostos pagos a mais pelos consumidores na tarifa.

13 distribuidoras

Ao g1, a Aneel informou já que foi aberto um processo específico de revisão tarifária para cada distribuidora de energia que passou por reajuste no começo deste ano.

Ao todo, 13 distribuidoras de energia terão seus reajustes tarifários homologados revistos: Sulgipe (SE), Celpe (PE), Enel Ceará (CE), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Energisa Sergipe (SE), Energisa Mato Grosso (MT), Energisa Mato Grosso do Sul (MS), CPFL Paulista (SP), CPFL Santa Cruz (SP, MG e PR), Enel Distribuição Rio (RJ), Light (RJ), Energisa Borborema (PB).

Essa era uma demanda do Congresso Nacional, já que os reajustes aprovados até maio pela Aneel estavam, em média, em 18%. Em alguns casos, chegaram a quase 24%, conforme mostrou o g1.

Questionada, a Aneel afirma que a tendência é que os reajustes aplicados sejam reduzidos.

Reajustes de junho

Os reajustes mais recentes, aprovados neste mês de junho, já consideraram a devolução dos valores, antes mesmo da lei ser sancionada.

Por isso, explica a Aneel, essas distribuidoras não precisarão passar por revisão extraordinária, pois o cálculo das tarifas já considerou o benefício. É o caso, por exemplo, da Cemig (MG) e da Enel São Paulo.

Entenda a sua conta de luz

Entenda a sua conta de luz

Entenda o caso

Durante anos, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, imposto estadual) foi utilizado na base de cálculo dos tributos federais PIS e Cofins.

No entanto, em 2017, o Supremo Tribunal Federal entendeu que o ICMS não poderia compor a base do PIS e Cofins.

O imposto pago a mais foi devolvido às distrbuidoras na forma de crédito tributário, a ser abatido dos reajustes tarifários, em benefício do consumidor.

Ao todo, há R$ 60 bilhões, só que R$ 12 bilhões já foram utilizados em anos anteriores em que houve acordo da Aneel e da distribuidora, sobrando um saldo de R$ 48 bilhões para ser usado.

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Governo quer usar R$ 54 bi de receita extra com BNDES e estatais para bancar pacote de benefícios - Economia & Negócios Estadão

BRASÍLIA - O governo conta com o ingresso de cerca de R$ 54 bilhões em receitas extras para compensar o impacto do pacote para turbinar os benefícios sociais, sendo R$ 17 bilhões de reforço adicional de pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa receita servirá para contrabalançar o impacto da PEC dos Combustíveis, em que serão incluídas as medidas, e manter a mesma trajetória de déficit fiscal prevista para este ano antes da decisão do governo de aumentar os gastos em ano de eleições.

Depois de a ala política do governo bancar um novo pacote de medidas para diminuir o impacto da alta dos combustíveis, o esforço da equipe econômica é para conter a pressão por gastos ainda maiores e garantir que o custo extra seja financiado com receitas adicionais que não estavam na conta antes do anúncio do pacote para não piorar a dívida pública. O Estadão apurou que a ala política tenta subir o valor previsto inicialmente para reforçar o Auxílio Brasil e o vale-gás.

O rombo estimado nas contas do governo federal é de cerca de R$ 65 bilhões ao final de 2022, mesma trajetória esperada agora com as receitas extras.

Além do pagamento de dividendos do BNDES referente a 2020 e 2021, a cesta de receitas extras conta com um reforço dos dividendos da Petrobras referente ao lucro do segundo semestre e de outras estatais e mais R$ 26,6 bilhões já depositados pela Eletrobras em decorrência da operação de privatização da empresa.

O dinheiro pago pela Eletrobras não estava na conta do Orçamento por causa das incertezas que rondavam a operação.

O lucro da Petrobras no primeiro trimestre garantiu cerca de R$ 11 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional, e o governo avalia que é “razoável” esperar um resultado robusto também no segundo semestre. No primeiro trimestre, a receita estimada para todo o ano no Orçamento com dividendos da Petrobras já foi superada.

A determinação do Ministério da Economia é para que as estatais que ainda não o fazem passem a transferir os dividendos trimestralmente à União.

Até o momento, o custo estimado do pacote ronda R$ 54 bilhões, entre aumento de despesas e perda de receitas com desoneração de tributos.

Desse total, cerca de R$ 37 bilhões são de despesas que ficarão fora do teto de gastos para bancar o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600); a bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil; o reforço no vale-gás (o benefício atual, em torno de R$ 53, deve ser  dobrado e passar a ser mensal, em vez de a cada dois meses); a gratuidade do transporte público aos idosos; e a compensação aos Estados que reduzirem para 12% o ICMS sobre o etanol.

Todas essas medidas foram anunciadas e descritas, na semana passada, pelo senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis que falou em um custo de R$ 34,8 bilhões. Mas o valor já está em R$ 37 bilhões e pode subir ainda mais. Nos bastidores do governo, técnicos afirmaram que o valor do Auxílio Brasil e do vale-gás pode chegar a R$ 30 bilhões. Bezerra estimou inicialmente em R$ 23,02 bilhões para esses dois benefícios.

Outros 17 bilhões são perda de receita com a zeragem do PIS/Cofins e Cide (tributos federais) da gasolina e etanol até o final do ano. Essa medida já foi aprovada pelo Congresso.

A conta do custo da PEC dos Combustíveis não leva em consideração uma eventual compensação aos Estados pela perda de arrecadação superior a 5% até dezembro de 2022 com a fixação do teto de entre 17% e 18% do ICMS de combustíveis, telecomunicações, transporte urbano e energia elétrica.

Esse gatilho foi incluído em projeto aprovado pelo Congresso na semana passada e já sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Procurado pelo Estadão, o Ministério da Economia informou que, se houver impacto, ele ocorrerá no próximo ano, pois o gatilho da compensação vai comparar a arrecadação total no ano de 2022.

Somente no início do próximo ano será feita a avaliação se houve ou não queda de arrecadação, informou a assessoria do Ministério da Economia. Ou seja, uma eventual compensação só entrará no caixa dos governadores eleitos nas eleições deste ano. Se não fosse a PEC dos Combustíveis, o presidente Bolsonaro terminaria o seu governo próximo de zerar o déficit fiscal.

O governo quer aprovar um decreto de emergência com a justificativa da guerra da Rússia com a Ucrânia para dar segurança jurídica e afastar restrições eleitorais das medidas. A lei impede que no último ano do mandato se crie um benefício novo para impedir que governantes se beneficiem da "caneta" na corrida eleitoral.

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Monday, June 27, 2022

Governo de SP anuncia redução do ICMS e preço médio da gasolina deve ficar abaixo de R$ 6,50 - Globo

Governo de SP reduz ICMS de combustíveis de 25% para 18%

Governo de SP reduz ICMS de combustíveis de 25% para 18%

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (27) que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina irá cair de 25% para 18%. A decisão segue o que determina a lei federal sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro.

"Se hoje temos uma gasolina num preço médio de R$ 6,97, teremos um preço médio abaixo de 6,50 com essa decisão", disse Garcia.

São Paulo é o primeiro estado do país a se enquadrar na nova lei. O ICMS é um imposto estadual, compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país e é responsável pela maior parte dos tributos arrecadados pelos estados.

A nova regra recebeu críticas de estados e municípios pela perda de arrecadação. Em São Paulo, segundo o secretário da Fazenda, Felipe Salto, a perda estimada é de R$ 4,4 bilhões ao ano.

"Nós temos uma política de preços que é da Petrobras, que é nacional, portanto o governo de São Paulo aplica essa redução nas alíquotas, comprometendo investimentos na saúde, educação e outras áreas", disse o governador.

A arrecadação do ICMS possui um orçamento vinculado a ele, com porcentagens definidas, como 30% para a educação e 12% para a saúde. "Então, quando você reduz a arrecadação de ICMS, você tira R$ 1,2 bilhão da educação, cerca de R$ 600 milhões da saúde e assim sucessivamente", afirmou Garcia.

O governador disse ainda que com essa redução espera que a Petrobras e o governo federal evitem aumentar os preços da gasolina no país de forma recorrente como tem acontecido.

"O ICMS não é e nunca foi o vilão do preço de combustível nesse país", disse Garcia.
Governo de SP anuncia redução do ICMS e preço médio do combustível deve ficar abaixo de R$ 6,50 — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Governo de SP anuncia redução do ICMS e preço médio do combustível deve ficar abaixo de R$ 6,50 — Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Preço na bomba

Apesar da redução, cabe aos postos de gasolina a decisão de repassar a diminuição do valor para as bombas de gasolina.

"Vivemos num país capitalista, liberal, sem controle de preços. O que o Procon pode e vai fazer é a divulgação dos preços médios para identificar os postos que estão repassando a redução do ICMS na ponta e os que não estão repassando. Mas não pode multar, fazer nada além dessa divulgação", disse o governador.

Como o preço da gasolina é composto?

O ICMS é apenas uma parte do valor total da gasolina. A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda.

Há ainda o custo do etanol anidro na gasolina, e o diesel tem a incidência do biodiesel. As variações de todos esses itens são o que determina o quanto o combustível vai custar nas bombas.

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Governo quer brecar cobrança extra em fundos de pensão de estatais - Internet Group

Em ano eleitoral, governo quer brecar cobrança extra de participantes de fundos de pensão de estatais
Foto: Isac Nóbrega/PR
Em ano eleitoral, governo quer brecar cobrança extra de participantes de fundos de pensão de estatais

Para evitar um desgaste político ao presidente Jair Bolsonaro a menos de cem dias das eleições, o governo deve impedir que os fundos de pensão das estatais cobrem contribuição extra de seus beneficiários e das companhias patrocinadoras neste ano.

Esse pagamento seria necessário, pois os fundos acumularam déficit de R$ 36,2 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). No primeiro trimestre deste ano, há um novo rombo de R$ 24,2 bilhões.

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Pelas regras vigentes após a CPI dos fundos de pensão, em 2015, as entidades teriam que acionar um plano para equacionar o déficit com contribuições adicionais das empresas patrocinadoras e dos empregados. Ou seja, as estatais teriam que colocar dinheiro, juntamente com milhares de funcionários. Não há estimativas dos valores que seriam desembolsados por cada participante, pois isso varia de fundo a fundo.

200 mil afetados

A Abrapp aponta que pelo menos R$ 20,5 bilhões desse rombo deveriam começar a ser pagos ainda neste ano, o que afetaria principalmente funcionários de estatais como Correios (cujo fundo de pensão é o Postalis), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Petrobras (Petros). Um universo de 200 mil empregados entre ativos e aposentados — que já estão pagando contribuições adicionais para cobrir rombos do passado — seriam afetados.

Com o objetivo de impedir que os participantes dos fundos de pensão façam novos desembolsos em um ano em que o orçamento das famílias já está sacrificado pela inflação em alta, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), deve suspender, em reunião marcada para quarta-feira (29), a obrigatoriedade de acionamento de plano para correção do déficit apresentado pelos fundos em 2021.

O CNPC regula o regime de previdência complementar. O governo tem maioria no colegiado, que conta com participantes das patrocinadoras, participantes e da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Executivos ligados aos fundos citam, reservadamente, o ingrediente político da decisão em ano eleitoral.

O pleito foi encampado pela Abrapp, que levou a proposta ao CNPC. Na justificativa para o pedido, a entidade alega que 2021 foi um ano atípico, principalmente a partir do segundo semestre, quando as entidades foram atingidas em cheio pelo aumento significativo e rápido da taxa básica de juros, a Selic . O efeito foi maior nos fundos com aplicações concentradas em títulos do governo.

Para combater a inflação , o Banco Central (BC) elevou a taxa de juros sete vezes consecutivas, saindo de 2% em janeiro para 9,25% em dezembro em 2021 (atualmente está em 13,25%), argumentou a Abrapp. O presidente da entidade, Luis Ricardo Martins, cita ainda os efeitos da pandemia e a guerra na Ucrânia, na economia brasileira.

"Essa conjuntura muito aguda é condizente com uma excepcionalidade. A proposta da Abrapp sugere que não seja considerado para fins de equacionamento de eventual déficit o resultado isolado de 2021, mas sim a soma de 2021 e 2022, a ser apurado em 2023", disse Martins.

Integrantes do CNPC afirmam que o colegiado deve atender o pedido, mas admitem que as turbulências no mercado financeiro devem continuar diante do calendário eleitoral — o que significa que a decisão pode empurrar a conta para o próximo ano, já após as eleições de outubro.

Para o economista Fabio Giambiagi, pesquisador associado do Ibre/FGV, porém, a decisão parece um erro, análogo ao que diversos governos cometeram adiando a tão necessária reforma da Previdência.

"É muito ruim ter uma regulação que tende a ser interpretativamente rígida quando se trata de reduzir as contribuições, mas flexível quando elas deveriam subir. A resultante disso tende a ser negativa para o equilíbrio do sistema."

Os trabalhadores já pagam as contas pelo rombo do passado. No caso do Postalis, por exemplo, que foi um dos principais alvos da CPI dos fundos de pensão, a contribuição dos trabalhadores chega a 27% do valor do benefício, segundo a Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap). O salário médio é de R$ 3 mil, segundo a entidade, o que daria uma contribuição de R$ 810. O Postalis registrou déficit de R$ 7,7 bilhões em 2021.

Ação judicial

Os participantes da Funcef também já arcam com uma contribuição extra que chega a 19,16%. Na Petros, o extra varia entre 10,56% e 12,05% (apenas inativos). Os planos foram acionados para corrigir rombos decorrentes de má gestão no passado, investimentos indevidos e desvio de recursos, segundo especialistas do setor.

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça para que Caixa aporte R$ 5 bilhões no fundo de seus funcionários. O valor foi calculado com base nas suspeitas de crimes cometidos por desvios na aplicação de recursos da Funcef investigados na Operação Greenfield. Na ação, o MPF argumenta que os valores cobrados da Caixa devem ser destinados “exclusivamente para abater as contribuições extraordinárias que estão sendo cobradas dos participantes”. O banco disse que não comenta ações judiciais em andamento.

Mesmo diante da atual situação dos fundos, o especialista Antonio Fernando Gazzoni, representante dos patrocinadores do CNPC, disse que há argumentos técnicos para que o colegiado suspenda a obrigatoriedade de equacionamentos do déficit de 2021:

"Ainda em 2021 começamos a receber das entidades fechadas pedidos de revisão da regra de equacionamento, mesmo que em caráter excepcional. Por cautela, aguardamos o início de 2022, mas o que vimos foi um agravamento na questão da volatilidade dos mercados."

’Fator conjuntural’

Procurada a Petros informou, em nota, que acompanha “a proposta que tramita no CNPC para que o resultado das entidades em 2021 não seja considerado isoladamente para fins de equacionamento, sobretudo por ter causas estritamente conjunturais”. A entidade disse que busca “imunizar” a carteira em busca de melhores resultados. “Desde o ano passado, a Petros vem ampliando a aquisição de títulos públicos federais marcados na curva, com taxas acima da meta atuarial, em busca da rentabilidade necessária para o cumprimento das obrigações com os participantes”, diz a nota.

O Postalis disse que “vê como legítimo o pleito levado pelo segmento ao CNPC para que os participantes de fundos de pensão não sejam penalizados com mais uma cobrança de alíquotas extraordinárias”.

Já a Previ informou que a decisão do colegiado não impactará seus participantes porque o déficit é irrisório, diante do patrimônio do fundo, que supera R$ 200 bilhões. A Funcef informou, por sua vez, que 50 mil participantes já pagam contribuições adicionais e que os resultados obtidos pelo Fundo têm sido suficientes para reduzir as alíquotas para os trabalhadores. (Colaborou Glauce Cavalcanti).

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Economia do mundo está parando, e Brasil corre sério risco de piorar também - UOL Economia

O mundo está sob ameaça de uma recessão -redução da atividade econômica, com desemprego, menos produção e consumo. A possibilidade de essa crise acontecer nas maiores economias do planeta aumentou nas últimas semanas, dizem economistas. Segundo eles, isso ocorre porque EUA e Europa estão subindo os juros contra a inflação e por causa do risco de a guerra na Ucrânia afetar o fornecimento de energia a países do continente europeu. E essa situação toda vai respingar no Brasil.

A retração econômica nas maiores economias do mundo deve ocorrer entre o fim deste ano e o primeiro semestre de 2023, apontam economistas, atingindo as exportações brasileiras.

Por enquanto, o risco é de uma recessão maior na Europa que nos Estados Unidos, de duração curta —de dois a três trimestres. Se for isso, a economia do Brasil sofrerá uma desaceleração, mas sem recessão, diz o economista Rogério Studart, sênior fellow do Núcleo de Economia Política do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), ex-diretor executivo do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Mas se a recessão nos Estados Unidos e, principalmente na Europa, for mais grave, cresce o risco de a China também ser atingida. Nesse caso, o Brasil pode entrar em recessão.

Temos uma recessão encomendada para o ano que vem. A guerra na Ucrânia agravou os gargalos na economia mundial, atingindo agora insumos básicos, como energia, e provocando inflação ainda mais forte. Na falta de ações coordenadas de políticas econômicas, um problema que vem desde a pandemia, foi colocado sobre os ombros dos bancos centrais a missão de reduzir inflação, elevando juros.
Rogério Studart

Recessão técnica e recessão de fato

Recessão técnica ocorre quando o PIB de um país apresenta variação negativa por dois trimestres seguidos. A recessão de fato ocorre quando há uma piora dos principais indicadores econômicos de um país, como desemprego, renda da população, receitas das empresa, investimentos.

Três motivos principais para recessão

1) Juros: Taxas altas esfriam a economia porque desestimulam o consumo, encarecem o crédito e dificultam projetos de crescimento para as empresas. Pela primeira vez desde 2018, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) começou a elevar os juros e, na semana passada, acelerou essa alta. A medida serve para retomar o controle da inflação recorde de 8,6%.

Simulações do Fed apontam para um risco de 50% de a alta dos juros levar o país à recessão. A projeção é compartilhada por bancos americanos, como o Bank of America, Goldman Sachs e Dreyfus and Mellon.

O Bank of England (BOE, banco central da Inglaterra) também já subiu os juros no Reino Unido para o maior patamar desde 2009. E o Banco Central Europeu (BCE) ainda não começou a elevar as taxas, mas avisou que o processo começa em julho, podendo inclusive ser acelerado em setembro.

2) Crise de energia na Europa: A guerra na Ucrânia ameaça o suprimento de energia para a Europa. A Rússia é o principal exportador e segundo maior produtor de gás natural do mundo, sendo responsável por fatias relevantes dessa fonte de energia para grandes economias, como a de Alemanha (49%), Itália (46%) e França (24%).

A Rússia já começou a cortar a oferta de energia aos clientes europeus. Isso significa restrições à produção nas indústrias e ao consumo das famílias, afirma o economista Paulo Dutra, coordenador do curso de Economia na FAAP, professor de economia internacional e especialista em comércio internacional.

O risco de recessão está no radar, e não é pequeno, em especial para a Europa, onde a possibilidade é mais elevada em duração e intensidade. O preço maior e a menor oferta de energia afetam o consumo e a produção na economia, o que reduz a atividade.
Paulo Dutra, coordenador do curso de Economia na FAAP

3) Covid na China: Tem havido aumento no número de casos de covid-19 na China, que tem adotado medidas de restrição em cidades importantes, gerando desaceleração da economia.

O cenário de aperto nas políticas monetárias [aumento de juros] nos países desenvolvidos e desaceleração da atividade na China aumentou a probabilidade de que a economia global entre em recessão.
José Márcio Camargo, economista chefe da Genial Investimentos

Impacto maior na Europa que nos EUA

Economistas dizem que a recessão deve ser mais forte e longa na Europa porque os países da região sofrerão dois impactos simultâneos —o dos juros e o da energia.

A elevação dos juros pelos bancos centrais de Estados Unidos, União Europeia e Inglaterra deve levar a uma desaceleração sincronizada global, diz o economista Adauto Lima, economista-chefe da unidade brasileira da Western Asset, gestora global que administra US$ 449 bilhões em investimentos.

Os riscos de recessão são maiores na Europa por causa do choque energético mais severo no continente que nos Estados Unidos, que são autossuficientes em energia.
Adauto Lima

Além da menor exposição ao choque de energia, a economia norte-americana entra no ciclo de aumento de juros mais saudável que a da Europa. O PIB dos Estados Unidos recuou menos que o da zona do euro em 2020 e cresceu mais em 2021.

Variação do PIB nos anos da pandemia

  • EUA: -3,4% em 2020 e +5,7% em 2021
  • União Europeia: -6,3% em 2020 e +5,4% em 2021
  • China: +2,2% em 2020 e + 8,1% em 2021
  • Brasil: -4,1% em 2020 e +4,6% em 2021

O Fed tem que conter a demanda em um momento em que as famílias americanas ainda têm reservas, acumuladas nos últimos anos, para consumir, e vinham se endividando, para comprar imóveis, por exemplo. Com os juros subindo, haverá uma recessão, mas não deve ser um tombo.
Rogério Studart

Impacto no Brasil

O impacto da recessão nas economias americana e europeia sobre países emergentes, como o Brasil, deve ser leve, caso se confirme essa expectativa de desaceleração rápida nos Estados Unidos, afirmam economistas ouvidos pelo UOL.

É provável que a recessão aqui, se ocorrer, seja menor que nos países desenvolvidos, até porque já tivemos uma forte desaceleração no ano passado. Como já atravessamos um período de grande desaceleração, sentiremos menos os efeitos desse cenário internacional.
Pedro Raffy Vartanian, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Por enquanto, as projeções feitas por economistas para o Boletim Focus, do Banco Central, aponta crescimento para o PIB brasileiro: de 1,2% neste ano e de 0,76% em 2023.

Queda de exportações

O Brasil seria afetado pela recessão nos países ricos por causa das exportações. Elas responderam no primeiro trimestre deste ano por cerca de 19% do PIB.

Se os países que mais compram do Brasil entram em recessão, ou os exportadores brasileiros vendem menos, ou os produtos caem de preço.

Países que mais compraram do Brasil em 2021

  1. China: US$ 87,7 bilhões (31,28%)
  2. EUA: US$ 31,1 bilhões (11,1%)
  3. Argentina: US$ 11,9 bilhões (4,2%)
  4. Holanda: US$ 9,3 bilhões (3,3%)
  5. Chile: US$ 6,9 bilhões (2,5%)
  6. Singapura: US$ 5,9 bilhões (2,1%)
  7. México: US$ 5,6 bilhões (1,9%)
  8. Coreia do Sul: US$ 5,5 bilhões (1,9%)
  9. Japão: US$ 5,5 bilhões (1,9%)
  10. Espanha: US$ 5,4 bilhões (1,9%)

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia

Perigo maior para Brasil vem da China

O Brasil pode sofrer um tombo maior com uma recessão global se a crise econômica atingir com mais força a China, maior importadora dos produtos brasileiros.

Uma desaceleração mais forte lá vai afetar de forma imediata nosso setor primário, mas depois o restante da população vai sofrer também porque vai circular menos dinheiro na economia com menos exportações.
Paulo Dutra, coordenador do curso de Economia na FAAP

Se a recessão nos Estados Unidos e na Europa afetarem a demanda pelas exportações chinesas no momento em que o país ainda convive com medidas de lockdown, o gigante asiático também passa a comprar menos de seus fornecedores. Uma possibilidade que já tem provocado variações de preços em matérias-primas, como minérios e grãos.

Nos últimos anos, o crescimento da China ajudou emergentes exportadores de commodities a atravessar períodos de recessão. Mas hoje a força da economia chinesa é menor, com taxas de crescimento menores. Consequentemente, uma desaceleração mais forte nos países mais ricos tende a afetar mais os países emergentes, como o Brasil.
Adauto Lima

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Petrobras anuncia redução de 2% do preço do gás natural para as distribuidoras - G1

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