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Monday, August 2, 2021

Azul anuncia investimento de até R$ 1 bilhão em 'carro voador' em parceria com empresa alemã - Jornal O Globo

SÃO PAULO — A empresa aérea Azul firmou parceria com a companhia alemã Lilium, de "carros voadores" para trazer ao país 220 aeronaves desse tipo a partir de 2025. Conhecidos como eVTOL, esses aviões elétricos serão utilizados para operar rotas curtas. O investimento previsto é de ate US$ 1 bilhão.

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O plano da Azul, segundo o comunicado divulgado ao mercado, é construir, uma malha exclusiva com as aeronaves elétricas para aumentar a conectividade entre as cidades, em trajetos mais curtos.

A Azul afirma que a parceria reforça seus esforços também em avançar com a chamada agenda ESG, com maior preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa. As aeronaves 100% elétricas reduzem as emissões de carbono.

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“A Azul tem o mais exclusivo e sustentável modelo de negócios do Brasil. Nossa presença de marca, nossa malha com exclusiva conectividade e nosso robusto programa de fidelidade nos fornecem as ferramentas para criar os mercados e a demanda para a operação com jatos Lilium no Brasil. Assim como fizemos no mercado doméstico brasileiro nos últimos 13 anos, esperamos novamente, agora com os jatos da Lilium, criar um mercado totalmente inovador nos próximos anos”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul, no comunicado.

Para o advogado especialista em Direito Aeronáutico, Felipe Bonsenso, a chegada desses 'carros voadores' deve provocar modificações nas leis e na infraestrutura.

- Estamos assistindo bastante evolução. E isso vai requerer muita reforma legislativa e de infraestrutura para suportar tais avanços. Financiamentos e seguros vão requerer inovações - acredita Bonsenso.

Decolagem na vertical

Com sede e fábrica em Munique, na Alemanha, a Lilium também tem equipes nos Estados Unidos e em outros países da Europa. A companhia planeja lançar o "Lilium Jet" até 2024.

A aeronave tem capacidade para seis passageiros, além do piloto que fica numa cabine separada. Também há um compartimento para guardar as bagagens. Empresas concorrentes têm projetos de 'carros elétricos' com apenas quatro lugares.

Tecnologia: Empresas investem em projeto de carros voadores

A empresa pretende ser a pioneira na oferta de 'carros voadores' para melhorar a mobilidade nas grandes cidades. Foi fundada em 2015 pelos engenheiros Daniel Wiegand, Sebastian Born, Matthias Meiner e Patrick Nathene. Tem como objetivo criar um modo sustentável de transporte regional de alta velocidade.

Já foram testadas pela Lilium quatro gerações desses 'carros voadores', que podem pousar e decolar na vertical, como se fossem um helicóptero.

Tecnologia exclusiva

No ano passado, a start-up obteve mais de US$ 375 milhões em aportes de capital de investidores, incluindo a Tencent, empresa de tecnologia chinesa. A empresa emprega mais de 600 pessoas.

A Lilium utiliza uma tecnologia exclusiva conhecida como Ducted Electric Vectored Thrust (DEVT). São 36 motores a jato elétricos integrados aos flaps, que oferecem eficiência aerodinâmica e um perfil de ruído mais baixo. Essa tecnologia também permite manobrar o jato em todas as fases do voo.

“Os motores a jato tradicionais impulsionam 95% das aeronaves comerciais e baseamos nosso projeto nos mesmos princípios, porém muito mais simples. Nossos motores a jato elétricos contam com apenas um sistema de rotor / estator de “estágio” acionado por um motor elétrico com emissões zero”, disse a empresa em nota para explicar como funciona o modelo, que tem autonomia para voar 250 quilômetros, enquanto os concorrentes percorrem distâncias mais curtas. O veículo atinge uma velocidade de 300 km/h e voa a 3 mil metros de altitude.

Expectativa: Embraer negocia fusão de sua unidade de 'carros voadores'

Com uma frota de mais de 2 mil helicópteros no país, o modelo da Lilium pode ser um concorrente forte para esse tipo de aeronave, que é barulhenta e tem preço elevado para passageiros.

A Lilium já deu andamento ao processo de certificação desse modelo na Europa, saindo na frente dos concorrentes. Em 2020, a European Union Aviation Safety Agency (a EASA, órgão equivalente à Anac brasileira) aprovou o primeiro documento necessário para a aeronave voar comercialmente.

Em junho, a Lilium divulgou que o ex-diretor executivo da Airbus, Thomas Enders, passará a ser presidente do conselho da empresa em breve.

No Brasil, a Embraer negocia uma fusão de US$ 2 bilhões de sua subsidiária Eve, que desenvolve projetos de mobilidade aérea urbana (conhecida como carros voadores), com a Zanite Acquisition, uma companhia de capital aberto dos Estados Unidos.

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