Xangai, 8 Ago 2021 (AFP) - O gigante do comércio eletrônico chinês Alibaba afirmou hoje que colabora com a polícia na investigação das denúncias de agressão sexual apresentadas por uma funcionária da empresa.
Em um comunicado, Alibaba explicou que a empresa suspendeu "as partes relevantes suspeitas de violar nossas políticas e valores", observando que tem uma "política de tolerância zero contra comportamento sexual impróprio".
Uma mulher, que não foi identificada, tornou públicas as acusações em uma publicação interna citada pela mídia chinesa, que a AFP não pôde verificar.
A funcionária acusou seu chefe direto e um cliente de tê-la agredido sexualmente durante uma viagem de trabalho à cidade de Jinan, na província de Shandong (nordeste), segundo a imprensa.
Hoje, uma hashtag criada para o caso do suposto ataque era uma das mais vistas na plataforma chinesa Weibo.
A mídia estatal chinesa citou uma nota de serviço interno, supostamente publicada por seu CEO, Daniel Zhang, dizendo estar "chocado, furioso e envergonhado" com o caso.
A polícia de Jinan declarou, por sua vez, que investiga um suposto caso de estupro envolvendo uma funcionária do Alibaba, de acordo com um comunicado publicado no Weibo, que não forneceu mais detalhes.
A atenção gerada por condutas sexuais impróprias na China tem crescido recentemente, especialmente depois que feministas chinesas criaram uma onda semelhante ao movimento #MeToo em todo o país em 2018.
Neste mês, a polícia de Pequim afirmou que o rapper chinês-canadense Kris Wu havia sido preso sob suspeita de estupro, um caso que causou grande agitação no país.
Wu foi acusado por uma estudante de 19 anos de tê-la estuprado em um encontro quando ela tinha 17 anos, causando indignação nas redes sociais e levando várias marcas de luxo a encerrar seus contratos com o artista.
Funcionária do Alibaba na China diz ter sido estuprada por chefe e cliente - UOL
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