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Monday, September 27, 2021

Dívida pública cresce 1,57% em agosto e atinge R$ 5,48 trilhões - G1

A dívida pública federal em títulos cresceu 1,57% em agosto e atingiu R$ 5,48 trilhões, segundo informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (27). A dívida inclui débitos do governo no Brasil e no exterior. Em julho, o montante era de R$ 5,39 trilhões.

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, são empréstimos feitos para pagar despesas públicas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

De acordo com relatório publicado pelo Tesouro Nacional, em agosto o mercado externo apresentou otimismo, limitado por preocupações provocadas pela desaceleração no crescimento econômico da China e dos Estados Unidos, bem como pela disseminação da variante delta da Covid mesmo entre populações vacinadas. Nesse sentido, o Tesouro Nacional afirmou que atuou “com cautela”.

A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública continue a crescer nos próximos meses e termine 2021 entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões.

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Emissões e resgates

Em agosto, as emissões de títulos públicos chegaram a R$ 72,03 bilhões. Por outro lado, os resgates somaram R$ 26,5 bilhões.

Assim, as emissões superaram os resgates em R$ 45,53 bilhões no mês passado. Já as despesas com juros alcançaram R$ 39,26 bilhões no período.

A pandemia de Covid fez a dívida pública ultrapassar a casa dos R$ 5 trilhões pela primeira vez no fim de 2020. Relembre no vídeo abaixo:

Dívida pública ultrapassa R$ 5 tri pela primeira vez na história

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Mudança no perfil de emissões

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, destacou que o volume de emissões ficou em patamar bem abaixo da média praticada pelo Tesouro desde abril de 2020, no início da pandemia da Covid.

"Isso ocorreu porque ao longo de mês de agosto, em um cenário de maior aversão ao risco, em um cenário de maior volatilidade, o Tesouro adequou suas emissões às condições observadas no mercado", disse.

Nesse sentido, o Tesouro favoreceu emissões de títulos com taxa flutuante – a exemplo daqueles corrigidos pela taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. De acordo com o relatório publicado pela pasta, isso demonstrou “uma mudança no perfil das emissões” da dívida pública.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano, o que representou a quinta alta consecutiva da Selic. No início do ano, a taxa estava no menor nível histórico, de 2% ao ano.

Porém, Vital destaca que na comparação com outros meses o volume de títulos com taxas flutuantes não teve aumento significativo.

Em agosto a emissão desses títulos totalizou R$ 47,7 bilhões. Em julho o volume foi de R$ 48 bilhões e, em junho, de R$ 34 bilhões. Já em fevereiro as emissões chegaram a cerca de R$ 69 bilhões e, em março, a R$ 97 bilhões.

“Quando olhamos de forma geral, não é um valor elevado nem muito distante do que o Tesouro já faz na sua estratégia normal”, avaliou.

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