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Tuesday, November 2, 2021

Puxado por bancos e Petrobras, Ibovespa fecha em alta de 1,98% - Valor Econômico

Puxado por bancos e Petrobras, o Ibovespa esboçou um movimento de recuperação no primeiro pregão de novembro e fechou a segunda-feira (1º) em alta firme. Após as perdas robustas do índice no mês passado, investidores aproveitaram o dia de menor liquidez no mercado local e foram em busca de oportunidades em ativos de renda variável.

O principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia em alta de 1,98%, aos 105.550,86 pontos, recuperando quase a totalidade do tombo de 2,09% anotado na última sexta-feira (29). Em outubro, o índice havia acumulado perdas de 6,73%.

Após ajustes, o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,98%, aos 105.550,86 pontos, após máxima intradiária de 106.136 pontos. A liquidez no pregão de hoje, no entanto, foi reduzida, com o giro financeiro negociado dentro do Ibovespa totalizando R$ 20,5 bilhões, abaixo da média anual de cerca de R$ 24 bilhões.

 — Foto: Silvia Zamboni/Valor

— Foto: Silvia Zamboni/Valor

Entre os motivos que permitiram a recuperação nas ações locais estão o alívio de parte dos agentes financeiros com a ausência de paralisação nas estradas pela greve dos caminhoneiros e a busca de oportunidades, após uma longa sequência negativa para o Ibovespa nos últimos meses.

A alta foi puxada pelas ações da Petrobras e de bancos, principalmente. O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse hoje ter conhecimento, de forma extraoficial, que a Petrobras vai anunciar um novo reajuste dos combustíveis em cerca de 20 dias. Ele ainda acrescentou que lidar com alta dos combustíveis é a prioridade do momento e que vê a privatização da companhia como o “ideal”.

Assim, as ações da estatal, que sofreram na semana passada com declarações do líder do Executivo que sugeriam uma intervenção na sua política de preços, tiveram ganhos fortes. As ações ON da companhia subiram 3,72%, enquanto os papéis preferenciais avançaram 2,75%.

Já os bancos refletiram as expectativas dos agentes financeiros com juros maiores no país nos próximos meses e a perspectiva de bons resultados corporativos do Itaú, que serão divulgados nesta semana, e fecharam em alta firme. Itaú PN subiu 3,97%, Bradesco PN teve ganhos de 3,47%, Banco do Brasil ON avançou 2,28% e as units do Santander fecharam em alta de 5,26%.

E mesmo papéis que anotaram perdas fortes nas últimas semanas, como as ações de tecnologia e de companhias mais ligadas ao mercado interno, também tiveram recuperação expressiva hoje. As units do Banco Inter subiram 19,18%, Cogna ON avançou 12,90%, Méliuz ON fechou em alta de 10,57% e Azul PN avançou 8,97%.

"A gente sabe que há um problema macroeconômico bem grande, mas, quando algumas questões forem endereçadas, a assimetria parece muito grande. Os valuations são interessantes, em uma perspectiva de médio e longo prazo. Nós já tivemos taxas de juros maiores no passado e as melhores empresas do país sobreviveram", afirma o gestor da Rio Gestão de Recursos, Andre Querne, ao se referir sobre as companhias mais ligadas ao mercado doméstico.

Por outro lado, o otimismo dos agentes com os ativos locais de renda variável segue desafiado pela elevação nas taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs). A deterioração do quadro fiscal do país, refletida nas curvas de juros, fez a XP Investimentos reduzir o preço-alvo do Ibovespa para 123 mil pontos no meio de 2022, ante projeção de que o índice terminaria o ano de 2021 em 130 mil pontos.

Segundo o estrategista-chefe da instituição, Fernando Ferreira, e a analista de ações, Jennie Li, o Brasil parece estar caminhando rapidamente para seu velho equilíbrio macroeconômico de mais gastos, inflação mais alta e taxas de juros mais elevadas.

"Atualizamos mais uma vez nosso valor justo para o Ibovespa, dada a alta das taxas locais. O novo preço-alvo do Ibovespa é de 123 mil pontos para meados do ano de 2022, contra 130 mil pontos para o fim de 2021, projetado anteriormente", dizem os profissionais.

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