Para combater o furto de energia, os famosos "gatos" realizados diretamente nos postes, a Light vai instalar caixas blindadas para proteger os medidores eletrônicos residenciais. O equipamento, segundo a empresa, é uma das últimas tecnologias na área e uma das grandes apostas no combate ao "gato" e, segundo a concessionária, será instalado nas regiões onde tiver maior furto de energia. Para se ter uma ideia do prejuízo, a Light perde R$ 600 milhões anuais com o furto de energia. E essa conta e dividida com os consumidores que pagam as contas em dia: um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que a cada R$ 100 pagos na fatura, R$ 10 servem para compensar perdas com ligações clandestinas.
Segundo a Light, 10% da sua área de concessão já têm 1.035 caixas blindadas instaladas em diversos pontos da rede de energia. Por conta disso, do início de 2021 até março de 2022, houve uma redução de mais de 30% no furto de energia nos locais com o equipamento. Atualmente, as obras para instalação das caixas ocorrem em bairros de Nova Iguaçu e São João de Meriti e nas comunidades cariocas da Babilônia e Chapéu-Mangueira. De acordo com a companhia, ainda em 2022, as caixas devem chegar em Duque de Caxias, Belford Roxo e em outros pontos da cidade do Rio de Janeiro.
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A Light explica que a escolha desses locais se deu, principalmente, pelo alto índice de furto de energia, que causam falha e risco ao sistema, prejudicando a qualidade do fornecimento para toda a população local. O cronograma, diz a empresa, será definido de acordo com a evolução do projeto.
É importante destacar que a instalação da caixa blindada e do display — onde o cliente poderá acompanhar o consumo em tempo real — é feita em apenas um dia e é totalmente gratuita.
— A Light tem um desafio grande, que é combater o furto de energia na sua área de concessão. Infelizmente, esse é um problema endêmico e muitos consumidores não conseguem compreender os riscos dessas ligações irregulares. Podemos ter a explosão de transformadores, rompimento de fios, entre outros acidentes, quando há sobrecarga desses aparelhos. É importante destacar que a Light tem prejuízo anual de mais de R$ 600 milhões por causa dessa prática, mas o cliente regularizado também é penalizado, porque uma parte dessa conta é dividida entre todos. Por isso é tão estratégico para a empresa combater o furto de energia — diz Thiago Guth, diretor-comercial da Light.
É importante destacar que além de dar despesa a quem não pratica esse tipo de crime, o espertalhão ainda coloca em risco a própria vida e causa outros prejuízos: o furto de energia rompe cabos que abastecem as moradias e sobrecarrega a rede, provocando incêndios em transformadores e quedas de luz.
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Aneel autoriza repasse de 40% das perdas
Um estudo do Centro de Estudos e Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que os furtos de energia já representam mais da metade da energia distribuída pela Light (53,8%). Em 2017, 36,1% da energia distribuída era furtada. Em 2018, saltou para 49,7%; em 2019, 54,1%; em 2020, chegou a 55,3%, o maior índice de perdas desde 2008; e no último trimestre de 2021, quase 54%.
Em 2020, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Light a repassar 36% das perdas para os consumidores. Para este ano, a Aneel autorizou que a concessionária repasse 40% das perdas, que serão distribuídas em todas as unidades consumidoras.
De acordo com a companhia, o que ela perde por ano com os "gatos" daria para iluminar a cidade de Nova Iguaçu por quatro anos.
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Light instala caixas blindadas para evitar furto de energia. A cada R$ 100 na conta de luz, R$ 10 são para custear 'gatos' - Extra
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