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Wednesday, March 16, 2022

Lira repete Bolsonaro e cobra da Petrobras revisão do aumento de preços dos combustíveis - Globo.com

Lira também cobra da Petrobras revisão do aumento de preços dos combustíveis

Lira também cobra da Petrobras revisão do aumento de preços dos combustíveis

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cobrou nesta quarta-feira (16) um recuo da Petrobras no aumento de preços de combustíveis anunciado na semana passada.

Lira repetiu a queixa do presidente Jair Bolsonaro – que, nesta terça (15), disse esperar que a estatal repasse aos combustíveis a queda recente no preço internacional do barril de petróleo.

“O barril sobe e a gente aumenta. O barril baixa e a gente não baixa? É importante que a Petrobras recue o preço do aumento que deu. Porque o dólar está caindo e o barril está caindo, então são dois componentes que fazem a política de preço da Petrobras”, afirmou.

Lira disse, porém, que "não pode avaliar" se o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, está fazendo uma boa gestão.

"Não posso avaliar, não tenho a visão interna da Petrobras, não tenho o relacionamento interno da Petrobras. A única crítica que eu fiz foi realmente que a Petrobras não precisaria ter dado um aumento do tamanho que deu de uma vez só."

Em meio à disparada dos preços do petróleo em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras anunciou na última quinta (10) reajustes nos preços de gasolina e diesel – os valores nas refinarias ficaram congelados por quase dois meses.

O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

No entanto, uma nova onda de Covid-19 na China e uma sinalização de avanço nas negociações pelo fim do conflito na Europa derrubaram o dólar o preço do barril de petróleo nesta semana. Nesta terça os preços caíram mais de 6%. O petróleo Brent fechou em US$ 99,91 o barril, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) caiu para US$ 96,44 o barril.

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Discurso similar

A reclamação de Lira ecoa o discurso que o presidente Jair Bolsonaro vem repetindo nos últimos dias, desde que o reajuste foi anunciado pela estatal. Na terça, Bolsonaro ironizou a "sensibilidade da Petrobras ao elevar o preço da gasolina e do diesel nas refinarias.

"Agora, essa guerra que está lá na Rússia, lá com a Ucrânia, tem influenciado a nossa economia. Pelo que tudo indica, os números agora, em especial do preço do barril de petróleo lá fora, sinalizam para uma normalidade no mundo. Espero que assim seja", disse o presidente.

"E espero que a nossa querida Petrobras, que teve muita sensibilidade ao não nos dar um dia [de prazo extra], ela retorne aos níveis da semana passada os preços dos combustíveis no Brasil", prosseguiu.

Em declarações anteriores, Bolsonaro também questionou o lucro recorde da petroleira, e chegou a chamar a administração da empresa de "Petrobras Futebol Clube". Nesta quarta, disse que a Petrobras "não colabora com nada" e "poderia ser privatizada hoje".

Fundo de estabilização 'fora do radar'

Questionado sobre o projeto que cria um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis, Lira afirmou que o texto está "fora do radar" na Câmara. Em seguida, o deputado afirmou que o projeto "foi gestado agora".

"Não tem essa necessidade ávida, ele [o projeto] não vai resolver, é uma conta de compensação que pode ser melhor estudada, tem prós e tem contras. Tudo no seu tempo."

O projeto foi aprovado na última semana no Senado e cria a Conta de Estabilização dos Preços dos Combustíveis (CEP), um fundo com o objetivo de frear a alta dos preços dos produtos.

A proposta também estabelece a ampliação do auxílio-gás, dobrando o alcance do benefício que custeia parte do botijão de gás, e cria o auxílio-gasolina, destinando um “vale” nos valores de R$ 100 e R$ 300 para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos.

Senado aprova fundo de estabilização de preços e auxílIo gasolina

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Os senadores aprovaram a proposta no mesmo dia em que foi aprovado o projeto que cria nova regra de cálculo do ICMS nos combustíveis.

Naquela noite, os deputados analisaram a nova regra de ICMS, que já foi sancionada e passou a valer. O texto sobre o fundo de estabilização, porém, ainda não foi votado.

Para Lira, o projeto do ICMS "freia um pouco o aumento" dos combustíveis, mas não o impede.

"Só que nós estamos com o petróleo baixando e o dólar baixo, e a cobrança é: a Petrobras agora vai baixar o combustível? O óleo diesel é mais barato fora do que aqui. Nós vamos ter redução de preço? Ou é só como uma invasão, que vai avançando, avançando, e não recua? Então nós temos que discutir esses assuntos."

Subsídio para categorias

Lira disse ainda que tem discutido com a Casa Civil, Ministério de Minas e Energia e Economia a criação de um subsídio dirigido para motoristas de aplicativo, táxis, motoboy, caminhoneiros e outras categorias.

Segundo o presidente da Câmara, a medida causa menos impacto. Lira criticou iniciativas que tentam impedir a concessão do subsídio em ano de eleições, o que chamou de “insensibilidade” . A lei eleitoral veda a concessão de benefícios em ano de eleições.

“E a gente fica confundindo nessa época eleição com proteção dos mais vulneráveis. Nós estamos com uma guerra acontecendo numa parte no mundo, que tem dias mais tensos, dias mais tranquilos, mas todos os dias são dolorosos”, afirmou Lira.

Nós vamos procurar a responsabilidade fiscal. Acho que o subsídio amplo nos combustíveis atende a quem pode arcar com a inflação normal no mundo e quem não pode e a gente tem que privilegiar quem não pode", acrescentou.

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