O dólar comercial fechou em alta de 1,11% nesta terça-feira 5), cotado a R$ 4,659 na venda, interrompendo uma sequência de cinco quedas. É a maior alta diária desde 14 de março (1,3%). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), emendou a segunda queda, de 1,97%, encerrando aos 118.885,15 pontos. É a pior queda do índice em quase um mês, desde 7 de março (-2,52%).
A perda da Bolsa, que vinha forte da semana passada, ocorre em meio à greve de servidores do BC (Banco Central), que também reforçou o viés conservador dos negócios e influenciou o preço do dólar hoje.
Ações do setor financeiro e da Vale (VALE3) foram destaques de baixa na Bolsa, enquanto a Telefônica Brasil (VIVT3) e Multiplan (MULT3) ficaram como principais contribuições positivas.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Guerra e greve
A queda da Bolsa acompanha os Estados Unidos, com temores de um aumento de juros maior pelo banco central norte-americano após falas de membro da instituição, e com as perspectivas de novas sanções amanhã à Rússia devido à guerra na Ucrânia.
O movimento, que pode ser seguido por sanções dos Estados Unidos e aliados, ocorre depois de acusações de assassinato de civis por tropas russas no norte da Ucrânia, o que o Kremlin nega categoricamente.
O mercado também mantém no radar os efeitos da greve dos servidores do Banco Central, em meio à notícia de movimentos de outras categorias, como de servidores da Comissão de Valores Mobiliários.
Os servidores do BC (Banco Central) seguirão em greve por tempo indeterminado, após uma reunião com o governo terminar sem que houvesse uma proposta oficial, informou hoje o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). Eles reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial de 26,3%.
Representantes do sindicato disseram que se reuniram na manhã de hoje com Leonardo Sultani, titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia. "Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve", diz nota divulgada pelo Sinal.
Segundo Fábio Faiad, presidente do sindicato, a intensificação deverá atingir a equipe que dá apoio à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). "Vamos atuar agora em cima das equipes que fazem coleta e análise de dados para subsidiar a reunião do Copom", afirmou ao UOL. A próxima reunião está prevista para a segunda quinzena de abril.
O BC afirmou, em resposta ao questionamento do Broadcast do Estadão (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que as divulgações como o Boletim Focus e os indicadores selecionados só irão ocorrer no fim da greve dos servidores da autarquia. Já a produção de apresentação de conjuntura para o Copom (Comitê de Política Monetária) é considerada atividade essencial e será mantida durante o movimento.
*Com informações da Reuters e da Agência Estado
Dólar interrompe 5 quedas e sobe a R$ 4,659; Bolsa tem pior recuo em 1 mês - UOL Economia
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