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Monday, June 13, 2022

Bitcoin (BTC) está a menos de US$ 2.500 do gatilho da 'Regra da Morte' — e isso pode fazer criptomoedas derreterem ainda mais; entenda - Seu Dinheiro

As cotações do bitcoin (BTC) caíram mais de 10% durante a madrugada no Brasil. Com o mercado global de criptomoedas em queda, os investidores precisam ficar atentos à uma regra específica da Microstrategy, conhecida como "regra da morte" — que pode fazer as cotações despencarem ainda mais.

Esse dispositivo diz que a Microstrategy deve vender bitcoins se o preço da criptomoeda atingir o patamar de US$ 21 mil. Isso pode desencadear um efeito dominó no mercado e derrubar as cotações ainda mais, de acordo com José Arthur, CEO da Coinext.

Microstrategy e bitcoin em números — e porque isso preocupa

Mas qual o tamanho da posição da Microstrategy em bitcoin? De acordo com a última apresentação de resultados da empresa à SEC — a CVM americana —, a companhia possui a maior exposição do mundo à criptomoedas, com 129.218 BTCs.

Esse montante é mais que o dobro do que a segunda colocada possui: a Tesla, empresa de carros elétricos do bilionário Elon Musk, tem o equivalente a 42.902 BTCs (cerca de US$ 1,3 bilhão).

Já a Microstrategy tem US$ 3,03 bilhões em bitcoin, com o preço médio de US$ 38.865 por criptomoeda. E a injeção desse montante de tokens (criptomoedas) no mercado, caso a “Regra da Morte” seja acionada, certamente derrubaria ainda mais as cotações.

Entendendo a Regra da Morte

A Microstrategy comprou bitcoins com um financiamento junto ao Silvergate Bank — processo conhecido como alavancagem, que é comum em empresas mas desaconselhado para investidores pessoa física  — sob uma condição. 

Os bitcoins da Microstrategy precisam valer pelo menos US$ 410 milhões no total — o dobro dos US$ 205 milhões tomados em dívida com o banco. Em caso de perda desse montante, a empresa teria que capitular (vender) suas criptomoedas.

No patamar de US$ 21 mil por BTC, a Microstrategy será obrigada a vender seus bitcoins; a cotação representa uma queda de 30% em relação aos patamares atuais da principal criptomoeda do mundo.

Qual a chance disso acontecer com as criptomoedas?

O mercado de criptomoedas como um todo está em estado de pânico desde o desaparecimento da Terra (LUNA). Somado a isso, os investidores estão cautelosos com as atualizações do ethereum (ETH) — vale lembrar que nenhuma delas falhou ainda, mas o medo de que aconteça algo com a segunda maior criptomoeda do mundo ainda assusta.

Assim, o bitcoin está a pouco menos de US$ 2.500 do paramar de US$ 21 mil, o que pode aprofundar ainda mais o Longo Inverno Cripto. Por volta das 10h30, a maior criptomoeda do mundo era negociada a US$ 23.458,57, queda de 14% nas últimas 24h.

Com a palavra, Michael Saylor

Para tentar amenizar a situação, o CEO da Microstrategy, Michael Saylor, afirmou que existem outros dispositivos antes da Regra da Morte precisar ser acionada.

“Antes de atingirmos perdas de 50%, nós podemos pegar outro empréstimo com colateral em bitcoin, então nós nunca chegaríamos a essa situação”, afirmou Saylor, na entrevista de apresentação de resultados do primeiro trimestre da Microstrategy.

Na publicação de resultados do primeiro trimestre deste ano, a empresa reportou perdas de US$ 170,1 milhões com o investimento em BTC no período. Desde agosto de 2020, a empresa tem usado o bitcoin como hedge (proteção) contra a inflação, de acordo com o Saylor.

O castigo das ações de tecnologia e das criptomoedas

A perspectiva de juros mais altos também derrubou o setor de tecnologia no último ano. Em 12 meses, o Nasdaq caiu 30,24% e as ações da Microstrategy acompanharam esse desempenho. 

No período, os papéis MSTR perderam cerca de 74,46% do valor — os recibos de ações (BDRs, em inglês) na bolsa brasileira também recuaram 61,97%. Já o bitcoin cai 49,31% no mesmo intervalo de tempo.

Essa não é uma exclusividade dessas empresas. De acordo com a pesquisa da Kaiko, companhias com exposição ao bitcoin — além da Microstrategy, também é possível citar Tesla, Coinbase e Block — acumulam perdas de mais de 50%.

A queda das ações da Coinbase, inclusive, foi um dos motivos que levou à desistência do acordo de compra com o Mercado Bitcoin, o unicórnio brasileiro de criptomoedas.

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