A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, um resultado dentro do esperado pelo mercado, que previa exatamente uma taxa de desocupação de 8,7% segundo o consenso Refinitiv. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego entre julho e setembro recuou 0,6 ponto percentual na comparação trimestral, ante abril e junho (quando estava em 9,3%), e de 3,9 p.p. na anual, ante o mesmo período de 2021 (quando foi de 12,6%).
A população desocupada (9,5 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, recuando 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4,0 milhões) no ano.
Recorde
Segundo o IBGE, a população ocupada até setembro atingiu 99,3 milhões, o que representa o recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,0% (mais 1,0 milhão) ante o trimestre anterior e de 6,8% (mais 6,3 milhões) no ano.
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O nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 57,2%, subindo 0,4 ponto porcentual no trimestre e 3,1 p.p. no ano. Esse o nível mais alto desde o trimestre terminado em outubro de 2015.
Já a população fora da força de trabalho, estimada em 64,7 milhões de pessoas, permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 1,1% (menos 727 mil pessoas) no ano. A população desalentada (4,3 milhões de pessoas) manteve estabilidade ante o trimestre anterior e caiu 17,2% (menos 887 mil de pessoas) na comparação anual.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,8%) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 0,8 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,3 milhões, subindo 1,3% (482 mil pessoas) ante o trimestre anterior e 8,2% (mais 2,8 milhões de pessoas) na comparação anual.
Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,2 milhões de pessoas, foi o maior da série histórica, apresentando estabilidade no trimestre e elevação de 13,0% (1,5 milhão de pessoas) no ano.
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O número de trabalhadores por conta própria atingiu 25,7 milhões de pessoas. Tanto na comparação com trimestre anterior quanto na comparação anual houve estabilidade.
Ainda segundo o IGE, o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) permaneceu estável ante o trimestre anterior e subiu 9,9% (mais 532 mil pessoas) no ano. Já o número de empregadores (4,4 milhões) ficou estável no trimestre e subiu 14,5% (550 mil pessoas) no ano.
Setor público
O número de empregados no setor público foi recorde da série histórica (12,2 milhões) crescendo 2,5% (291 mil pessoas) no trimestre e 8,9% (989 mil pessoas) no ano. Outro recorde foi o número de empregados no setor público sem carteira assinada (3,1 milhões) que cresceu 11,6% (317 mil pessoas) no trimestre e 35,4% (799 mil pessoas) no ano.
Informalidade
A taxa de informalidade foi 39,4% da população ocupada, ante 40,0% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões.
O rendimento real habitual, de R$ 2.737, representou uma alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual (R$ 266,7 bilhões) cresceu 4,8% frente ao trimestre anterior e 9,9% na comparação anual.
Grupos
No trimestre móvel até setembro ante o trimestre anterior, houve aumento de emprego nos grupos Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais 315 mil pessoas) e Outros serviços (6,8%, ou mais 348 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Quando a comparação é feita ante o mesmo trimestre do ano passado, houve alta em mais grupos: Indústria Geral, com alta de 4,0%, ou mais 488 mil pessoas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+7,8%, ou mais 1,4 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (+9,2%, ou mais 439 mil pessoas) e Alojamento e alimentação (+8,5%, ou mais 418 mil pessoas).
Também foi observada alta em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (+6,8%, ou mais 756 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+8,6%, ou mais 1,4 milhão de pessoas), Outros serviços (+24,3%, ou mais 1,1 milhão de pessoas) e Serviços domésticos (+9,6%, ou mais 520 mil pessoas).
Por outro lado, houve redução no grupo de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-3,6%, ou menos 325 mil pessoas).
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