Ibovespa Futuro sobe após nova queda na véspera; novas críticas de Lula ao BC estão no radar dos investidores - InfoMoney

Após queda de cerca de 1% do índice à vista na última quinta-feira (2), o Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (3), acompanhando o desempenho positivo mercados internacionais, impulsionados pelas esperanças de moderação do ritmo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) e de retomada da economia chinesa após dados positivos.

No cenário local, o presidente Lula voltou a criticar, na última quinta, a política monetária conduzida pelo Banco Central e o atual patamar da taxa Selic, mantida a 13,75% ao ano. Em entrevista à rede BandNews, o mandatário retomou a tese de que o país não tem inflação de demanda que justifique o afrouxamento e fez novas referências a Roberto Campos Neto, presidente do BC.

Às 9h13 (horário de Brasília), o índice futuro para abril operava com alta de 0,15%, aos 104.660 pontos.

Em Wall Street, índices futuros operam operam com alta na sessão de hoje, enquanto agentes do mercado ponderam sobre a trajetória de alta de juros do Federal Reserve à luz de novos comentários de dirigentes do Federal Reserve.

Na véspera, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, disse que o BC americano pode manter suas altas de juros em 0,25 ponto percentual.

Os investidores ouvirão mais comentários de dirigentes do Fed nesta sexta, incluindo a governadora do Fed, Michelle Bowman, e o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,20%, S&P Futuro avançava 0,33% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,41%.

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Dólar

O dólar comercial operava com baixa de 0,17%, cotado a R$ 5,193 na compra e R$ 5,194 na venda. Já o dólar futuro para abril recuava 0,13%, a R$ 5,232.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa na sessão de hoje, vertendo os ganhos perdas da véspera, que refletiram o desconforto dos investidores acerca da condução da política econômica local, com críticas de membros do governo ao Banco Central, e em meio à elevação expressiva dos rendimentos dos títulos públicos globais no exterior. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,04 pp, a 13,34%; DIF25, -0,04 pp, a 12,80%; DIF26, -0,05 pp, a 12,98%; DIF27, -0,05 pp, a 13,20%; DIF28, -0,05 pp, a 13,39%; e DIF29, -0,04 pp, a 13,57%.

Exterior

Os mercados europeus operam com alta, estendendo os ganhos da sessão passada, à medida que os investidores avaliam dados econômicos publicados durante a semana.

Em toda a Europa, os dados de inflação vieram acima do esperado. Uma estimativa rápida para a zona do euro mostrou que a inflação caiu de 8,6% para 8,5%, mas isso ficou acima de uma estimativa consensual; enquanto o núcleo da inflação passou de 5,3% para 5,6%. Os preços também subiram inesperadamente na Alemanha, França e Espanha .

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse na quinta-feira que levar a inflação para sua meta de 2% ainda levará tempo e que o aumento de 50 pontos-base sinalizado anteriormente em março ainda está em jogo, informou a Reuters.

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Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta, seguindo os ganhos de Wall Street, depois que o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que é “firmemente” a favor de manter os aumentos de juros em 0,25 p.p.

O setor de serviços da China, por sua vez, registrou um salto na atividade, de acordo com o índice do gerente de compras de serviços da Caixin/S&P Global, com uma leitura de 55 em fevereiro, de 52,9 em janeiro.

O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da Índia para fevereiro chegou a 55,3. Embora seja um pouco menor do que os 55,4 registrados em janeiro, o número ficou acima da média de longo prazo de 53,7.

Os preços do minério de ferro na China operam com alta, em meio a evidência de uma recuperação na segunda maior economia do mundo após a remoção das restrições rígidas do Covid-19.

As cotações do petróleo ficam próximas à estabilidade, uma vez que os sinais de uma forte recuperação econômica na China, principal importador de petróleo bruto, foram compensados ​​por temores sobre o impacto de possíveis aumentos nas taxas de juros na Europa.

Os contratos de petróleo estão sendo pressionado pelas crescentes expectativas de aumentos de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) após aceleração mais rápida do que o esperado nos preços ao consumidor na França, Espanha e Alemanha.

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