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Thursday, April 27, 2023

Setor de serviços cresce 1,1% em fevereiro ante janeiro, bem acima das projeções, diz IBGE - InfoMoney

O volume de serviços no Brasil avançou 1,1% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. Ante fevereiro de 2022, o setor mostrou crescimento de 5,4%, na 24ª alta seguida. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O consenso Refinitiv apontava para alta bem menor, de 0,4% no mês e de 4,8% na comparação com fevereiro de 2022.

No indicador acumulado no primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 5,7% frente a igual período de 2022. Já o acumulado dos últimos doze meses foi de 7,8%.

Esta foi a segunda divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, além de alterações metodológicas, com o objetivo de retratar mudanças econômicas na sociedade.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, analisou em nota que os serviços de tecnologia da informação e o setor de transportes continuam ditando o ritmo dos serviços no país.

“Os segmentos mais dinâmicos seguem apresentando bom desempenho, enquanto aqueles mais afetados pela pandemia, principalmente as atividades presenciais, já superaram o longo distanciamento que tinham do período pré-pandemia”, afirmou.

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Setor de transportes se destaca

O setor de transportes foi o destaque no resultado de fevereiro, segundo o IBGE, sendo responsável pelo maior impacto positivo ao registrar crescimento de 2,3%. Em janeiro, o mesmo setor havia tido a maior influência negativa no resultado do mês.

“O transporte rodoviário de cargas, que é o principal modal por onde se deslocam as mercadorias nas estradas brasileiras, segue sendo beneficiado pela demanda crescente vinda do agronegócio, do comércio eletrônico e, em menor escala, do setor industrial, notadamente dos bens de capital e dos bens intermediários”, explicou Lobo.

Também se destacaram positivamente em fevereiro os serviços de informação e comunicação (1,6%) e os outros serviços (0,7%). O primeiro teve um ganho acumulado de 2,4% nos dois primeiros meses do ano, enquanto o segundo, após registrar forte retração em janeiro (-8,6%), voltou a crescer.

No sentido contrário, serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%) e serviços prestados às famílias (-0,7%) exerceram as influências negativas em fevereiro. No caso do primeiro setor, foi o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 3,1%. Já o último eliminou parte do ganho (3,5%) registrado nos últimos meses de dezembro e janeiro.

Após um recuo de 3,4% em janeiro, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,6% em fevereiro em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais.

O segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 18,6% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.

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O volume do transporte de cargas, por sua vez, cresceu 2,0% em fevereiro, recuperando uma parcela significativa da perda de 2,3% observada em janeiro. Dessa forma, o segmento se situa 1,3% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 32,2% acima de fevereiro de 2020.

No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 9,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 9,8% no mesmo intervalo.

Comparação regional

Regionalmente, a maior parte (20) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em fevereiro de 2023, na comparação com janeiro, acompanhando o avanço observado no resultado nacional.

Os impactos mais importantes vieram de Mato Grosso (7,7%) e de Pernambuco (6,1%), seguidos por Pará (7,2%), Minas Gerais (0,8%) e Paraná (0,8%).

“Em Mato Grosso o agronegócio tem um peso importante, e o escoamento da produção é feito principalmente por transporte terrestre. Logo, o transporte rodoviário de carga se destaca. No caso de Pernambuco, a locação de mão de obra temporária foi o que mais impulsionou os serviços”, acrescentou Rodrigo.

Em contrapartida, São Paulo (-0,1%), Distrito Federal (-1,7%) e Rio Grande do Sul (-0,8%) exerceram as principais influências negativas do mês.

Turismo

Em fevereiro, o índice de atividades turísticas apontou recuo de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, após ter avançado por dois meses seguidos, período em que acumulou um ganho de 5,5%.

Com esse resultado, o segmento de turismo se encontra 1,9% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,2% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, apenas quatro dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-0,7%). São Paulo (-4,6%) exerceu a influência negativa mais intensa, seguido por Ceará (-8,0%), Rio Grande do Sul (-2,8%) e Santa Catarina (-2,4%).

Por outro lado, Rio de Janeiro (1,8%), Minas Gerais (2,7%) e Distrito Federal (4,9%) tiveram os avanços mais expressivos.

Na comparação entre fevereiro de 2023 e igual mês do ano anterior, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 14,8%, vigésima terceira taxa positiva seguida.

Os principais fatores que explicaram tal elevação foram os incrementos nas receitas das empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis, hotéis, restaurantes, transporte aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, serviços de bufê e agências de viagens.

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Todas as doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (12,5%), seguido por Minas Gerais (25,2%), Rio de Janeiro (12,4%), Bahia (20,2%), Paraná (23,0%) e Santa Catarina (23,9%).

No indicador acumulado do primeiro bimestre de 2023, o índice de atividades turísticas mostrou expansão de 13,8% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.

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