Os controles de exportação de terras raras usadas na produção de semicondutores "é só o começo" da retaliação chinesa, disse um influente conselheiro de política nacional da China.
Segundo Wei Jianguo, os Estados Unidos deveriam começar a se preparar para distensionar as relações com a China, uma vez que essa disputa comercial está sendo danosa para os dois países.
Se as restrições visando o setor de alta tecnologia da China continuarem, as retaliações de Pequim aumentarão na mesma medida.
Como a China é a maior produtora mundial de gálio e germânio, muitos temem que o país acabe implementando o mesmo tipo de guerra comercial que fez contra o Japão. Atualmente, fazem cerca de 12 anos que Pequim tem limitado o envio desses materiais para empresas japonesas.
Por isso, muitos analistas de mercado acreditam que esse é um "claro recado" da China para o governo Biden, que vem escalando a guerra comercial ao pressionar Holanda e Japão a não vender máquinas de última geração para a produção de chips na China.
Comentando o assunto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, negou que a restrição tenha sido um recado apenas aos Estados Unidos. Ele disse que alguns países da União Europeia também tem limitado o acesso da China a algumas tecnologias.
Nossa ação é razoável e não está direcionada a nenhum país específico.
Segundo pessoas consultadas pela Reuters, a China ainda tem uma "arma" muito maior em mãos: o país pode vetar a exportação de grafite para empresas dos EUA.
Atualmente, o país produz cerca de 61% do grafite natural e 98% do material processado para fazer baterias de carros elétricos. Por isso, muitos analistas acreditam que as restrições anunciadas nesta semana serão brandas e são apenas uma advertência do que ainda pode acontecer no futuro.
China vs EUA: restrição na exportação de materiais para produção de chips “é só o começo” - tudocelular.com
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