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Thursday, August 3, 2023

Copom: presidente do BC não precisava desempatar uma decisão de juros há 16 anos - G1

Presidente do Banco Central, Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sessão sobre o tema juros, inflação e crescimento, no Senado Federal, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (27). — Foto: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Presidente do Banco Central, Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sessão sobre o tema juros, inflação e crescimento, no Senado Federal, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (27). — Foto: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Um levantamento feito pela LCA Consultores, com o resultado de reuniões do Copom desde 1999, mostra que o voto de minerva só aconteceu três vezes. Nas outras duas, o presidente do BC era Henrique Meirelles.

  • Na última delas, em julho de 2007, o BC também decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 12% para 11,5% ao ano. Os votos divergentes queriam uma redução menor, de 0,25 p.p.
  • Duas reuniões antes, contudo, Meirelles votou com o grupo mais cauteloso. O Copom optou por redução de 0,25 p.p., de 12,75% para 12,5% ao ano, enquanto os divergentes queriam uma redução de 0,5 p.p.

De acordo com o economista Bruno Imaizumi, da LCA, apenas 15% das 225 reuniões do Copom no período não foram unânimes, e é comum que o Comitê opte por uma política monetária mais branda quando há divisão.

Um fato curioso é que 21 de 33 vezes que tivemos votos divergentes, prevaleceram as posturas mais ‘dovish’ (64%).
— Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores.

Ontem, Campos Neto divergiu dos seus próprios indicados ao BC em 2021: Diogo Guillen, Fernanda Guardado e Renato Dias de Brito Gomes, que votaram por uma queda menor, de 0,25 ponto percentual. Os três, somados a Maurício Moura, deram os quatro votos favoráveis, adotando cautela maior sobre o corte de juros.

O economista votou em uma redução de 0,50 ponto percentual ao lado de Ailton Aquino, Carolina de Assis Barros, Gabriel Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso. No comunicado, o Copom disse ainda que, nas próximas reuniões, pode continuar trazendo reduções “da mesma magnitude” na Selic. Ou seja, cortes de 0,5 ponto percentual.

Com a decisão, o presidente do BC diminui a pressão política que vinha sofrendo nos últimos meses. A cobrança por uma queda na taxa veio não só do Executivo, mas do Senado, casa que tem a competência para votar sua exoneração do cargo.

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