Ibovespa tem leve queda de 0,11%, com investidores à espera de ata do Copom e com atenção a falas do Fed - InfoMoney

O Ibovespa registrou uma leve queda de 0,11% nesta segunda-feira (7), aos 119.379 pontos, com investidores esperando a publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, e falas de de dirigentes do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos.

“No ambiente local, temos a divulgação da ata do Copom, com o mercado aguardando qual vai ser o tom que será adotado nas próximas reuniões. Investidores querem saber se as quedas da taxa de juros vão continuar e se ela será mais lenta ou um pouco mais acelerada”, diz Acilio Marinello, coordenador da Trevisan Escola de Negócios.

Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, destaca ainda falas de dirigentes do Fed que sugeriram que, por lá, o ciclo de altas dos juros ainda não está encerrado. De acordo com Michelle Bowman, diretora da instituição, embora progressos tenham sido feitos, é possível que novos avanços da fed funds sejam necessários para levar a inflação à meta.

“Os comentários alimentaram uma perspectiva de continuidade do ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos. Por aqui, além disso, houve pressão também devido à menor precificação de corte da Selic, para menos de 58 pontos, de 60 pontos no fechamento de sexta-feira, antes da ata do Copom amanhã”, diz Nishimura.

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Os treasuries yields para dez anos ganharam 3,3 pontos-base, a 4,095%. No Brasil, os contratos para 2024 ganharam 1,5 ponto-base, a 12,48%, e os para 2025, 7,5 pontos, a 10,55%. As taxas dos DIs para 2027 foram a 10,13%, com mais seis pontos, e as dos para 2029, a 10,59%, com mais seis pontos. Os DIs para 2031 subiram sete pontos, com mais 10,85%.

“A semana começou com os agentes de mercado ainda repercutindo os dados do Payroll, divulgados na sexta-feira, bem como a última decisão de juros no Brasil e os dados da indústria na Alemanha muito abaixo do esperado”, expõe Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

“A cautela global em relação ao ritmo de crescimento das principais economias do mundo também tem influenciado o cenário”, fala o especialista, citando que o temor impacta diretamente o câmbio, com investidores tirando capital de países subdesenvolvidos, e pressiona a curva de juros. O dólar ganhou 0,40% frente ao real, negociado a R$ 4,894 na compra e a R$ 4,895 na venda.

A produção industrial da Alemanha em junho caiu 1,5% na base mensal, ante projeção de recuo de 0,5% do consenso.

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Com a alta da curva de juros, as varejistas estiveram entre as mais negociadas do dia e em queda – isso ainda na semana em que Brasil, EUA e China divulgam dados cruciais de inflação. As ações ordinárias da Lojas Renner (LREN3) caíram 3,16% e as da Magazine Luiza (MGLU3) perderam 1,63%, enquanto os mesmos papéis da Natura (NTCO3) desceram 1,18%.

Nos Estados Unidos, contudo, os índices – ao contrário do Ibovespa – subiram. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq ganharam 1,16%, 0,90% e 0,61%. Investidores, por lá, citam a temporada de balanço melhor do que o esperado como principal impulsionador dos ganhos.

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