Em mais um capítulo do embate entre Americanas e Bradesco, a varejista protocolou uma nova manifestação ao processo de Produção Antecipada de Provas movido pelo banco, com o intuito de provar que a antiga diretoria omitia informações sobre a existência de Risco Sacado, segundo informou há pouco nota distribuída pela empresa.
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De acordo com a planilha, anexada ao documento, o grau de endividamento bruto seria muito inferior aos R$ 17 bilhões no fim de 2022 — a companhia entrou em recuperação judicial em janeiro com R$ 48 bilhoes em dívidas. Somente no caso do Bradesco, por exemplo, o endividamento informado na planilha era de cerca de R$ 989 milhões, sendo que no processo de Recuperação Judicial consta um valor muito maior, de R$ 5 bilhões, segundo a lista que consta no processo de Recuperação Judicial.
Tendo como base o mesmo documento enviado à Justiça, a Americanas alega ainda que o processo de criação do Programa de Antecipação de Fornecedores (PAF) não tem relação com o tema Risco Sacado, como o Bradesco alegou em petição judicial. Segundo a nota, “o PAF é um programa de antecipação de fornecedores com caixa próprio, implantado no final de 2021. Sua implantação foi amplamente discutida e aprovada junto aos órgãos superiores de governança da empresa e o programa está devidamente registrado nos demonstrativos contábeis, assim como foi informado ao mercado com total transparência. Trata-se, portanto, de financiamento com caixa da companhia e, como tal, não representa dívida junto a bancos, como o Bradesco teve a intenção de qualificar.” “A Americanas lamenta que a instituição esteja se valendo da falsa narrativa trazida pelo principal acusado de ter conduzido a fraude na empresa para fazer acusações infundadas e desprovidas de provas contra a companhia”, diz o documento.
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