Por Peter Nurse e Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - A Super Quarta traz as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, com investidores em busca de pistas sobre o atual avanço da inflação e da atividade econômica nos dois países. O petróleo sobe novamente e a inflação no Reino Unido fica acima da meta, enquanto os presidentes Biden e Putin se reúnem em Genebra.
Aqui está o que está movimentando os mercados na quarta-feira, 16 de junho.
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1. Copom, energia e Bolsa Famíilia
A Super Quarta vem recheada de mais notícias, além da expectativa para a provável nova alta de 75 pontos-base na taxa básica de juros, a , de 3,5% para 4,25%, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma tarifa de R$ 6,24 por kwh por conta do estabelecimento do patamar 2 da bandeira vermelha, com o diretor-geral da agência, André Pepitone, declarando, no Senado, que o valor pode chegar acima de R$ 7 graças ao acionamento das termelétricas durante a pior crise de chuvas nos 91 anos em que são coletadas informações sobre a reserva das hidrelétricas.
Já o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa. Em entrevista à SIC TV, afiliada da TV Record em Rondônia, ele citou que a inflação de produtos que compõem a cesta básica ficou "em torno de 14%", e alguns itens chegaram a subir 50%.
2. Ações mistas antes do Fed
A do Federal Reserve de dois dias termina nesta quarta e o banco central americano deve manter as e as compras mensais de títulos inalteradas nos níveis atuais.
Mas o que o mercado está realmente procurando são pistas sobre como os dirigentes veem a e a possível redução dos estímulos.
O presidente do Federal Reserve, , e seus colegas têm insistido bastante nos últimos meses que quaisquer pressões inflacionárias se provariam transitórias e que o banco central manteria em vigor a política monetária acomodativa até que a recuperação econômica estivesse firmemente enraizada.
“Os investidores estarão atentos a qualquer indicação de que o banco está considerando diminuir o ritmo de compras de ativos”, disse Matthew Ryan, analista da Ebury. “Vemos a possibilidade de o presidente Jerome Powell declarar que o conselho começou a discutir um cronograma para redução gradual, mas um anúncio oficial é improvável até o final do ano, possivelmente setembro.”
Assim, as ações americanas devem abrir mistas nesta quarta, em estreitas faixas de negociação antes do último pronunciamento do Fed, às 15h.
Às 8h52, os e do caíam respectivamente 0,14% e 0,06%, enquanto os do subiam 0,07%. Já o , ETF que replica o em Nova York, caía 0,41% na pré-abertura em Wall Street.
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3. Biden e Putin se encontram
O presidente dos EUA, , e o presidente russo, Vladimir Putin, se encontram em Genebra nesta quarta, com expectativas baixas para qualquer avanço na primeira reunião desde que o presidente americano assumiu o cargo.
As relações entre os dois lados esfriaram nos últimos anos, após a anexação da Crimeia da Ucrânia pela Rússia em 2014, a intervenção em 2015 na Síria e acusações dos EUA - negadas por Moscou - de intromissão na eleição de 2016, que trouxe Donald Trump à Casa Branca. Biden chamando Putin de "assassino" em uma entrevista no início deste ano não ajudou nas relações. Dito isso, há muito o que discutir.
Ataques de ransomware por criminosos supostamente ligados à Rússia tiveram como alvo duas vezes a infraestrutura americana crítica, e Biden também estará interessado em discutir o envolvimento russo no Reino Unido, na Ucrânia, em Belarus e na Síria.
4. Petróleo sobe; estoques dos EUA caem
Os preços do petróleo bruto subiam novamente nesta quarta, com o , a referência internacional, registrando o quinto ganho consecutivo com a queda dos estoques americanos e uma recuperação na demanda.
Às 8h53, os futuros do subiam 0,29% para US$ 72,33 o barril, após alta de 1,7% na terça-feira, enquanto o avançava 0,43% para US$ 74,31.
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Os dados de estoques de petróleo bruto dos EUA, divulgados ontem pelo , mostraram uma queda de pouco mais de 8,5 milhões de barris na semana encerrada em 11 de junho.
Organismos importantes, como a Agência Internacional de Energia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, previram que a demanda global por petróleo se recuperará no segundo semestre deste ano. No entanto, ainda é discutível até que ponto essa alta do preço do petróleo pode ir.
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5. Pressão de inflação aumenta no BoE
O Federal Reserve não é o único banco central preocupado com os altos níveis de inflação. A deu o pontapé inicial na Europa Ocidental ao endurecer ativamente a política em maio, enquanto a também aumentou as taxas, e , e devem seguir o exemplo em breve.
Os bancos centrais da e da solicitaram um prazo para a política monetária de emergência, enquanto o decidiu reduzir sua flexibilização quantitativa no mês passado.
A pressão também está começando a aumentar no , com a saltando inesperadamente acima da meta de 2% em maio, atingindo 2,1% enquanto o país reabre sua economia após os lockdowns contra o coronavírus.
No final da semana passada, o economista-chefe do Banco da Inglaterra, , disse que a economia do Reino Unido estava "indo à loucura" no momento, e o banco central pode precisar considerar a possibilidade de fechar a torneira de estímulo monetário para manter a inflação sob controle.
Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira Por Investing.com - Investing.com Brasil
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