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Friday, September 30, 2022

Bolsa sobe 2,2% em último pregão antes do 1° turno das eleições - Metrópoles

O Ibovespa fechou em forte alta de 2,20%, aos 110.037 pontos nesta sexta-feira (30/9). Na semana, o índice desvalorizou 1,5%. O dólar encerrou em queda de 0,02%, próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,39. Na semana, a moeda americana registrou valorização de 2,86% frente ao real.

O resultado ocorre às vésperas do primeiro turno das eleições, que será realizado neste domingo (02/10). 

O dia foi marcado pela expectativa sobre a reta final da disputa pelo Palácio do Planalto. Pesquisa Datafolha divulgada nessa quinta mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50% dos votos válidos, contra 36% do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nessa quinta (29/9), os candidatos se reuniram em debate promovido pela TV Globo. O encontro foi marcado por troca de ofensas e chuva de direitos de resposta.

Mercado financeiro nesta semana

As ações que mais cresceram nesta semana foram: Usiminas (7,43%), Sabesp (6,90%) e Via (8,50%). Já os papéis que registraram as maiores perdas foram: Pão de Açúcar (-0,92%), Assai (-2,23%) e Carrefour (-2,77%).

Além das eleições, Ibovespa também foi puxado pela valorização do varejo. As ações do Magazine Luiza saltaram 10,62% e as do Via, 8,50%. As negociações da mineradora Vale também encerraram a semana valorizadas em 5,28%. 

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Thursday, September 29, 2022

Contas do governo registram piora e fecham agosto com déficit de R$ 50 bilhões, informa Tesouro - g1.globo.com

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (29) que as contas do governo federal registraram déficit primário de R$ 49,97 bilhões em agosto deste ano.

O resultado representa piora na comparação com o mês de julho, quando o saldo foi positivo e de R$ 18,86 bilhões (valor corrigido pela inflação).

O déficit primário é registrado quando as despesas do governo superam as receitas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, o resultado é de superávit.

O resultado divulgado nesta quinta-feira representa o segundo maior rombo nas contas do governo para meses de agosto, só perdendo para agosto de 2020, momento em que a pandemia da Covid-19 impactou o resultado e foi registrado déficit de R$ 114,56 bilhões (valor corrigido pela inflação). A série histórica tem início em 1997.

Em agosto de 2021, o resultado das contas do governo foi de R$ 9,07 bilhões de déficit, em valores nominais.

Medo de recessão global e preocupação com contas do governo impacta bolsa brasileira

Medo de recessão global e preocupação com contas do governo impacta bolsa brasileira

O déficit nas contas do governo em agosto deste ano aconteceu apesar da forte arrecadação de tributos, que subiu 8,2% e atingiu R$ 172,3 bilhões, maior valor para o mês em 28 anos.

Por isso, o rombo em agosto é explicado pelo aumento das despesas:

  • aumento de R$ 13,3 bilhões nos pagamentos de benefícios previdenciários;
  • aumento de R$ 6,1 bilhões nas despesas de pessoal e encargos Sociais;
  • aumento de R$ 6,2 bilhões em sentenças judiciais e precatórios;
  • aumento nas despesas obrigatórias com controle de Fluxo, em razão do acréscimo de R$ 7,5 bilhões no pagamento de benefícios do Auxílio Brasil;
  • aumento nas despesas discricionárias, em função da despesa de R$ 23,9 bilhões referentes ao acordo entre União e município de São Paulo pela posse do Campo de Marte.

O secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, explicou que a despesa de R$ 23,9 bilhões referente ao acordo sobre o aeroporto do Campo de Marte é extraordinária, ou seja, não vai mais acontecer. Foi um acerto contábil relacionado à posse do terreno, encerrando uma disputa que se arrastava desde o fim da década de 1950.

Valle também afirmou que houve um grande volume de pagamento de precatórios em agosto deste ano. Essa despesa não ocorrerá mais neste ano. Em 2021, a concentração de pagamento de precatórios aconteceu em junho. O calendário de quitação da dívida é definido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo Valle, a previsão é que o resultado das contas nos próximos meses seja mais estável, sendo possível terminar o ano com as contas no azul. "O superávit primário em 2022 já é uma certeza", afirmou.

Acumulado do ano

Ainda de acordo com o Tesouro Nacional, as contas do governo registraram superávit primário de R$ 22,15 bilhões no acumulado de janeiro a agosto deste ano.

No mesmo período do ano passado, o resultado foi de R$ 82,16 bilhões de déficit em valores nominais.

O Ministério da Economia estima que, em 2022, as contas fecharão com superávit primário de R$ 13,5 bilhões.

Nesta quinta, o secretário Paulo Valle afirmou que a projeção é conservadora e que, nas contas do Tesouro, é possível fechar o ano cum um superávit de R$ 30 bi a R$ 40 bilhões.

Esse valor seria alcançado, disse, com o empoçamento de recursos (quando o dinheiro não é usado pelos ministérios) e pelo bloqueio de recursos do Orçamento. O total de recursos contingenciados está em R$ 10,5 bilhões. Tradicionalmente, em setembro, o volume bloqueado para cumprir o teto de gastos era menor.

O governo também espera receber mais dividendos (parcela do lucro) das estatais federais, em especial da Petrobras.

Projeções para 2023

Se confirmada a expectativa, será o primeiro ano com um saldo positivo das contas públicas do governo central desde 2013. A partir de 2014, o governo passou a registrar sucessivos déficits.

Apesar do resultado positivo estimado para este ano, economistas avaliam que essa melhora é pontual, pois as contas voltarão ao vermelho em 2023.

O próprio governo admite isso. Segundo a proposta de orçamento do ano que vem, enviada no fim de agosto ao Congresso Nacional, a estimativa é de um rombo de R$ 63,7 bilhões em 2023. A Lei de Diretrizes Orçamentárias autoriza fechar o próximo ano com déficit de até R$ 65,9 bilhões.

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Brasil criou 278 mil empregos com carteira em agosto, diz governo - UOL Economia

O Brasil abriu 278.639 empregos com carteira assinada em agosto, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é a diferença entre 2,05 milhões de contratações e 1,77 milhão de desligamentos registrados no mês.

O resultado é positivo em relação a julho, quando 221.345 novas vagas foram criadas, de acordo com dado atualizado da pasta.

O salário médio de admissão também subiu. Em agosto, o novo contratado recebeu em média R$ 1.949,84, alta de 1,52% em relação ao mês anterior.

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pela agência de notícias Estadão Conteúdo.

No acumulado de 2022, o saldo é de e 1.853.29 empregos, decorrente de 15.653.839 admissões e de 13.800.541 desligamentos.

Todos os setores tiveram saldo positivo

Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, diz o governo federal. A área de serviços foi a que mais abriu postos, com 141.113 novos contratos.

Veja os resultados a seguir:

  • Serviços: 141.113 novas vagas;
  • Indústria geral: 52.760 novas vagas;
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 41.886 novas vagas;
  • Construção: 35.156 novas vagas;
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 7.724 novas vagas.

Divisão por região

Na divisão pelas regiões brasileiras, as cinco apresentaram saldo positivo na geração de novas vagas, com a região Sudeste com o maior número de novas vagas, e a Nordeste com o maior crescimento. Veja os resultados a seguir:

  • Sudeste (+137.759 postos, +0,63%);
  • Nordeste (+66.009 postos, +0,96%);
  • Sul (+35.032 postos, +0,44%);
  • Centro-Oeste (+21.515 postos, +0,58%);
  • Norte (+18.171 postos, +0,90%).

Salário médio sobe

Segundo os dados divulgados hoje pelo governo, o salário médio de admissão em agosto foi de R$ 1.949,84 no território nacional. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 29,27, uma alta de 1,52%.

Dois dos cinco setores, porém, registraram queda no pagamento. Veja a seguir a variação relativa do salário médio por setor:

  • Serviços: R$ 2.087,97 (+2,18%);
  • Indústria geral: R$ 1.985,91 (+1,88%);
  • Construção: R$ 2.015,13 (+0,8%);
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 1.679,69 (-0,04%);
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 1.648,04 (-1,22%)

*Com Estadão Conteúdo

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Porsche ingressa na bolsa de Frankfurt valendo 75 bilhões de euros - InfoMoney

A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da alemã Porsche confirmou as expectativas e veio no teto da faixa de preço, entre 76,50 e 82,50 euros, agitando o mercado em um ano fraco para o ingresso de empresas nas bolsas mundiais.

Dessa forma, as ações da fabricante de carros esportivos de luxo passam a ser listadas a partir desta quinta-feira (28) na bolsa de Frankfurt, com um valor de mercado superior a 75 bilhões de euros, em uma das maiores ofertas de todos os tempos da Europa.

O capital da Porsche foi distribuído em 911 milhões de ações, em referência ao seu modelo automotivo mais famoso. Esse número é dividido ainda entre 455,5 milhões de ações preferenciais e 455,5 milhões de ações ordinárias, sendo que apenas as ações preferenciais serão listadas.

A controladora da Porsche, a também alemã Volkswagen, colocou 12,5% de ações não votantes da companhia à venda.

A holding das famílias Porsche e Piëch, a Porsche SE, que controla 31,4% das ações da Volkswagen, com 53,3% de suas ações ordinárias, no entanto, deve continuar no comando da montadora de luxo – uma vez que pretende comprar 25% do capital votante desta mais uma ação, com um prêmio de 7,5% sobre o preço de listagem das ações preferenciais.

IPO da Porsche foi um sucesso, mas não muda realidade

Apesar da oferta da Porsche ter sido considerada um sucesso, movimentando cerca de 9,4 bilhões de euros, com demanda por ações acima daquilo ofertado e o preço superando o teto da faixa indicativa, especialistas não enxergam a movimentação como algo que mudará a realidade do baqueado mercado europeu.

Até surgiram análises de que a estreia da Porsche na bolsa de valores alemã poderia mudar os ânimos do mercado, sendo uma espécie de sinalização da volta do apetite por risco. Isso, porém, pode ser uma visão errada.

Com a crise energética, imposta pelo corte de gás russo com a alta dos juros para barrar a inflação na Europa, o índice DAX, da Alemanha, tem queda de mais de 23% no ano.

“Uma transação sozinha não pode reabrir as comportas das execuções de IPOs. Isso requer um cenário macro mais previsível e menor volatilidade do mercado de ações”, disse Antoine de Guillenchmidt, co-diretor de Mercados de Capitais da EMEA na Goldman Sachs, à Reuters.

Para os especialistas, o IPO foi bem sucedido, principalmente, por conta da força da marca em questão e dos seus recentes resultados – que conseguiram superar a volatilidade e a situação do mercado.

Raphael Galante, em coluna do InfoMoney, ressaltou que a companhia de carros de luxo, na última década, triplicou o seu volume de vendas, enquanto o mercado automotivo caiu 45% no mesmo período.

No Brasil, há uma fila de espera de 18 meses para adquirir um carro da marca.

Além disso, a Porsche foi negociada com um valuation, de múltiplo de valor de mercado sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de cerca nove vezes, abaixo dos 18 da Ferrari.

“A resposta positiva à listagem é claramente útil para o sentimento geral, mas não é necessariamente transformadora em termos de níveis de atividade no curto prazo”, disse Martin Thorneycroft, chefe de mercados de capital de ações da EMEA no Morgan Stanley, também à Reuters.

Os especialistas destacam ainda que a oferta da Porsche trouxe vários diferenciais, como investidores âncoras de peso (como o fundo soberano do Catar e da Noruega), e que as taxas cobrados pelo sindicato de bancos responsável pela oferta foi baixa, de cerca de 1% – enquanto a média geralmente é de 2% a 3%.

Por fim, o IPO da montadora, por conta das características da empresa, oferece segurança em meio ao cenário volátil.

A Porsche se trata de um nome líquido e, provavelmente, defensivo – isso porque o comércio de luxo sofre menos durante as crises, uma vez que o público-alvo é menos impactado.

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Tuesday, September 27, 2022

Ibovespa fecha com queda de 0,68%, com mau humor externo; dólar recua 0,09% - InfoMoney

O Ibovespa fechou em queda de 0,68% nesta terça-feira (27), aos 108.376 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, majoritariamente, a performance dos índices americanos.

Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 recuaram, respectivamente, 0,43% e 0,21%. O Nasdaq, no entanto, fechou no verde, subindo 0,25%.

“Nos EUA, o cenário favorável ao aumento de juros e a incerteza dos resultados das empresas no terceiro trimestre causam preocupação”, afirmou Celso Pereira, Diretor de Investimentos da Nomad. “No exterior, há muitos elementos que contribuem para uma possível recessão global próxima”, completou.

Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos, acrescentou que as quedas de hoje estendem as perdas da semana passada, que começaram a partir do endurecimento do discurso de diversos bancos centrais como o Federal Reserve e o Bank of England (BoE).

“Embora o Brasil esteja avançado no ciclo de aperto monetário, acredito que o sentimento seja de cautela e de fuga do risco. Nos mercados internacionais, isso se dá devido aos temores de recessão crescente, o que alimenta a queda dos preços”, explica Moura. “S&P 500 vem de correção forte e nossa bolsa acaba se contaminando”.

O DXY, índice que mede a força da moeda americana frente outras divisas de países desenvolvidos, volta a subir com a aversão ao risco, com alta de 0,10%, aos 114,23 pontos. Frente ao real, no entanto, o dólar caiu 0,09%, a R$ 5,376 na compra e a R$ 5,377 na venda.

Os treasuries yields de dez anos foram a 3,972%, com alta de 9,2 pontos-base, mas a curva de juros brasileira também teve um dia de respiro: a taxa do DI para 2023 recuou três pontos, para 13,68%, e a do DI para 2025, 17 pontos, para 11,58%; os DIs para 2027 e 2029 perderam, respectivamente, 18 e 14 pontos, para 11,51% e 11,68%; os DIs para 2031 foram a 11,77%, com menos 13 pontos.

“Embora hoje tivéssemos dados positivos, de mais uma leitura deflacionária do IPCA-15, isso já era esperado. Acho ainda que o mercado está em modo cautela, não só por conta do internacional, mas também porque estamos em semana de eleição”, acrescenta o especialista da Finacap.

Entre as maiores quedas do Ibovespa, ficaram as ações preferenciais da Alpargatas (ALPA4), com menos 4,84%, e as ordinárias da Positivo (POSI3) e da Dexco (DXCO3), com menos 4,82% e 4,60%, respectivamente.

Do lado positivo, as ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) subiram 2,59%, e as ordinárias da Suzano (SUZB3) e da Cielo (CIEL3), 2,05% e 2,13%, respectivamente.

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Leilão da Cagece: Aegea vence os dois blocos do saneamento no Ceará por R$ 19,028 bilhões - O POVO

A empresa Aegea Saneamento e Participações S.A. venceu o leilão dos dois blocos do projeto de universalização do serviço de saneamento básico no Ceará, no valor total de R$ 19,028 bilhões.

O bloco 1 tem como principal cidade Juazeiro do Norte e o valor oferecido foi de R$ 7,652 bilhões, com o deságio de -27,92%.

Já o bloco 2 foi por R$ 11,376 bilhões e deságio de -37,86%. O leilão está ocorrendo na tarde desta terça-feira, 27, na Bolsa do Brasil (B3). 

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No leilão, o vencedor foi escolhido com base em quem oferecer o maior desconto sobre a contraprestação, que será paga pela Cagece.

No caso do Bloco 1, o desembolso máximo previsto era de R$ 10,6 bilhões. No Bloco 2, é de R$ 18,3 bilhões. Ambos os contratos serão de 30 anos.

Os investimentos em duas das três áreas de atuação da Cagece beneficiará 24 municípios e cerca de 4,6 milhões de cearenses.

No Bloco 1, em que a principal cidade é Juazeiro do Norte, a previsão de investimento é da ordem de R$ 2,7 bilhões.

No Bloco 2, em que a principal cidade é Fortaleza, o montante que deve ser aportado em obras deve ficar na faixa de R$ 3,5 bilhões.

FORTALEZA CE, BRASIL, 19.07.2022: Obra de saneamento no Conjunto Palmeiras. Conjuntos habitacionais de Fortaleza - 50 anos depois. (fotos: Fabio Lima/O POVO)
FORTALEZA CE, BRASIL, 19.07.2022: Obra de saneamento no Conjunto Palmeiras. Conjuntos habitacionais de Fortaleza - 50 anos depois. (fotos: Fabio Lima/O POVO) (Foto: FABIO LIMA)

O leilão conta com apoio do Governo Federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e será realizado na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

Quatro empresas se interessaram pelo leilão. A primeira é o consórcio Marquise/ GS Inima/ PB Construções. Também há o consórcio Encalso/ Terracom/ Hidrosystem/ CDG Engenharia. Além dos consórcios, há o interesse de duas empresas: Iguá Saneamento e Aegea.

As cidades que serão beneficiadas

  • Bloco 1 – Juazeiro do Norte, Barbalha, Farias Brito, Missão Velha, Nova Olinda, Santana do Cariri, Pacajus, Pacatuba, Aquiraz, Cascavel, Chorozinho, Eusébio, Guaiuba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú e Maranguape.
  • Bloco 2 – Fortaleza, Caucaia, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Trairi.

O que deve ser entregue pela empresa vencedora

A empresa selecionada para a PPP deve apresentar nos municípios "melhorias operacionais, ampliação e implantação de sistemas de esgotamento sanitário, incluindo redes coletoras de esgoto, estações elevatórias, estações de tratamento, linhas de recalque e ligações domiciliares e prediais", explica a Cagece.

Outros serviços comerciais devem ser realizados, como o de substituição, deslocamento e transferência de hidrômetros, combate a fraude, atualização cadastral e telemetria de grandes clientes. (Com Samuel Pimentel)

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Com gasolina e alimentos em queda, prévia de setembro tem deflação de 0,37% - UOL Economia

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo 15), conhecido como a prévia da inflação para o mês, registrou deflação de 0,37% em setembro, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) hoje. O resultado foi influenciado principalmente pela queda no preço dos combustíveis, com destaque para etanol e gasolina. Houve também queda no grupo de alimentos, puxada por leite longa vida, tomate e óleo de soja.

Deflação é a inflação negativa, que sinaliza uma redução média nos preços. Apesar da queda no mês, o acumulado do índice em 2022 é de 4,63%, e o dos últimos 12 meses, 7,96%.

Este é o segundo mês consecutivo que o IPCA-15 registra inflação negativa. Em agosto, o índice foi de 0,73%.

Três de nove grupos registram queda

O IBGE destacou que apenas três de nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram queda nos preços. No entanto, dois desses são os que mais pesam para a composição do índice: Transportes e Alimentação e bebidas.

No grupo de Transportes, todos os combustíveis pesquisados registraram queda, com destaque para o etanol (-10,10%) e a gasolina (-9,78%). O valor médio do diesel (-5,4%) e do gás veicular (-0,3%) também caiu. O preço de passagens aéreas, porém, teve aumento de 8,2% no mês.

No grupo de Alimentação e bebidas, a queda da prévia em setembro indica redução em alimentos consumidos em casa, como:

  • leite longa vida (-12,01%)
  • tomate (-8,04%)
  • óleo de soja (-6,5%)

No ano (janeiro a setembro) os preços do leite ainda acumulam alta de 58,19%.

Outros itens populares tiveram alta no mês, com destaque para a cebola, cujos preços subiram 11,39% em setembro. Frango em pedaços (1,64%) e frutas (1,33%) também encareceram.

O outro grupo que registrou queda foi o de Comunicação, com redução nos preços de planos de telefone fixo (-6,58%) e pacotes de acesso à internet (-10,57%).

Os demais seis grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta, inclusive Saúde e cuidados pessoais, com aumento no preço de planos de saúde (1,13%), e Vestuário, com roupas femininas, masculinas e infantis (1,66%).

Veja o índice por grupo:

  • Vestuário: 1,66%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,94%
  • Despesas pessoais: 0,83%
  • Habitação: 0,47%
  • Educação: 0,12%
  • Artigos de residência: 0,24%
  • Alimentação e bebidas: -0,47%
  • Transportes: -2,35%
  • Comunicação: -2,74%

Como é calculado o IPCA-15? O indicador, que leva em consideração 465 subitens de produtos e serviços, capta a inflação para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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Monday, September 26, 2022

Gasto de brasileiros no exterior triplica e retoma nível pré-pandemia - R7

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26) pelo BC (Banco Central), a flexibilização das medidas restritivas com o arrefecimento da pandemia impulsionou os gastos dos brasileiros no exterior, que triplicaram (+193,5%) no acumulado entre janeiro e julho, na comparação com o mesmo período o ano passado, e totalizam R$ 37,5 bilhões (US$ 7 bilhões)

O resultado corresponde ao maior volume de gastos com viagens para o período desde 2019, quando os brasileiros desembolsaram mais de R$ 57 bilhões (US$ 10,7 bilhões) fora do território nacional.

No mesmo período do ano passado, o volume de gastos fora do Brasil foi de R$ 12,8 bilhões (US$ 2,4 bilhões), valor 193,5% menor em relação aos gastos deste ano. Vale ressaltar que a crise sanitária restringiu a entrada de brasileiros em diversos países.

Na comparação só com o mês de julho, os gastos dos brasileiros no exterior recuaram 12,3%, ante junho, ao passar de R$ 6,4 bilhões (US$ 1,2 bilhão) para R$ 5,6 bilhões (US$ 1,05 bilhão). No mesmo mês do ano passado, o desembolso totalizou R$ 2,4 bilhões (US$ 452 milhões).

De acordo com as estatísticas do setor externo, a saída de recursos brasileiros em viagens superou a entrada em R$ 22 bilhões (US$ 4,2 bilhões) no acumulado do ano até julho. No período, as receitas somaram R$ 14,8 bilhões (US$ 2,8 bilhões).

No mesmo intervalo de sete meses do ano passado, a perda de recursos foi 376% menor, de R$ 4,8 bilhões (US$ 893 milhões). O resultado é fruto do ingresso de R$ 8 bilhões (US$ 1,5 bilhão) e da saída de R$ 12,8 bilhões (US$ 2,4 bilhões).

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Ações da bolsa têm queda generalizada e só três papéis fecham no positivo - InfoMoney

Quase ninguém escapou no Ibovespa hoje: a aversão global ao risco fez o mercado de ações despencar tanto no Brasil, quanto na Europa e nos EUA. As pesos-pesadas Vale (VALE3), que até chegou a operar no positivo e terminou com menos 0,83%, e Petrobras (PETR3;PETR4), com menos 0,79% e 1,60%, seguiram o movimento visto pelo mundo, também empurradas pela queda do minério de ferro e do petróleo, que refletem uma expectativa de desaquecimento da economia global. Os bancos também tiveram peso decisivo na derrocada do índice brasileiro, em especial o Banco do Brasil (BBAS3), com menos 4,62%, e o Itaú Unibanco (ITUB4), uma das mais negociadas do dia, com queda de 1,80%. O Varejo também foi contaminado, com as altas de juros futuros e economia mais restritiva: Magazine Luiza (MGLU3) recuou 6,26%, e até mesmo a Americanas (AMER3), que passou boa parte da sessão positiva não resistiu, caindo 0,29%. ALTAS – Apenas três ativos se salvaram hoje: São Martinho (SMTO3), com mais 0,60%, Qualicorp (QUAL3), subindo 0,22%, e Klabin (KLBN11), avançando 0,17%.

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Sunday, September 25, 2022

Ford anuncia Maverick híbrida e mais 2 veículos eletrificados no Brasil - UOL

A Ford anunciou o lançamento no Brasil de três veículos eletrificados, que chegam às concessionárias da marca em 2023. As novidades são a Maverick híbrida, o Mustang Mach-E, SUV movido 100% a baterias e o E-Transit - versão totalmente elétrica do furgão.

A fabricante acrescenta que o trio também será comercializado em outros países da região.

De acordo com a Ford, o primeiro modelo a estrear em nosso país será a Maverick Hybrid, que chega no início de 2023 como a primeira picape híbrida do Brasil. A montadora salienta que o utilitário terá uma redução "significativa" no consumo em comparação com a versão convencional.

Para beber menos, a Maverick traz motor 2.5 de ciclo Atkinson de 164 cv e 21,4 kgfm de torque, somado a um motor elétrico de 128 cv e 23,9 kgfm. A potência combinada é de 193 cv, com tração dianteira e câmbio CVT. O consumo médio combinado é de 17 km/l.

Em seguida, virá o Mach-E, versão elétrica e com carroceria SUV do cupê Mustang, Apostamos que, das três versões disponíveis, a Ford venderá no Brasil a topo de linha GT Performance Edition, que traz 487 cv e acelera de zero a 100 km/h em cerca de 3 segundos.

Ford Mustang Mach-E e E-Transit - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Também há a configuração de entrada Select, com 258 cv, e a intermediária GT, que tem os mesmos 487 cv da opção mais cara, mas sai da imobilidade e atinge 100 km/h em 4 segundos.

Por fim, o E-Transit será oferecido a frotistas com a promessa de proporcionar "menor custo de manutenção".

O furgão traz motor elétrico de 269 cv e 43,8 kgfm no eixo traseiro e baterias de 68 kWh, com autonomia de aproximadamente 202 km.

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Saturday, September 24, 2022

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 169 milhões; veja os números de hoje - UOL Confere

Os números 01-10-27-36-37-45 foram sorteados pela Caixa no concurso 2523 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (24), em São Paulo. Quem tiver acertado todas as dezenas vai ganhar um prêmio principal de R$ 169.218.785,10.

Se houver apostas vencedoras, elas serão anunciadas pelo banco dentro de instantes na página da Mega-Sena na internet.

Como faço para participar do próximo sorteio da Mega-Sena?

Você precisa fazer uma aposta de seis a 15 números nas lotéricas credenciais pela Caixa, ou no site especial de loterias do banco. Participam do próximo concurso todas as apostas registradas até 19h do dia do sorteio.

Quanto custa apostar na Mega-Sena?

Depende de quantos números você pretende colocar no jogo. A aposta mínima agora custa R$ 4,50, e você tem direito de escolher seis dezenas de 1 a 60. Se quiser colocar um número a mais para aumentar as chances de acerto, o preço do jogo sobe para R$ 31,50. No cenário mais caro, com 15 números no volante, a aposta chega a custar R$ 22.522,50.

Quais foram os maiores prêmios dos concursos regulares da Mega-Sena?

  • 2.150, 11/5/2019, 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 289,4 milhões
  • 2.237, 27/2/2020; 2 apostas vencedoras; premiação total: R$ 211,6 milhões
  • 1.764, 25/11/2015; 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 205,3 milhões
  • 1.772, 22/12/2015; 2 apostas vencedoras; premiação total: R$ 197,4 milhões
  • 2.463, 19/03/2022; 2 apostas vencedoras; premiação total: R$ 189,3 milhões
  • 1.655, 22/11/2014; 2 apostas vencedoras; premiação total: R$ 135,3 milhões
  • 2.161, 19/6/2019; 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 124,2 milhões
  • 2.189, 18/9/2019: 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 120 milhões
  • 1.220, 6/10/2010; 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 119,1 milhões
  • 1.486, 31/05/2022; 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 117,5 milhões
  • 1.575, 19/2/2014; 1 aposta vencedora; premiação total: R$ 111,5 milhões

E quais são as minhas chances de ganhar na Mega-Sena?

Isso também varia de acordo com a quantidade de dezenas na sua aposta. Com a menor (R$ 4,50), com seis números, a chance de acertar todas as bolinhas sorteadas e faturar o prêmio maior é de uma em 50.063.860. Jogando uma dezena a mais (R$ 31,50), a probabilidade aumenta. Passa a ser de uma em 7.151.980. Quem estiver disposto a pagar mais de R$ 22,5 mil na aposta com 15 dezenas terá uma chance em 10.003 de cravar tudo e ficar milionário.

Como funciona o bolão que a Caixa vende nas lotéricas?

Esses bolões são organizados pelas próprias lotéricas credenciadas pela Caixa. São apostas em grupo com preço mínimo estipulado em R$ 10 no caso da Mega-Sena. A cota mínima obrigatória por participante é de R$ 5. Nessa modalidade, pode existir uma taxa de serviço adicional de 35% do valor da cota. O bolão da Mega-Sena permite de duas a 100 cotas. Em cada bolão, é possível fazer dez apostas diferentes.

Tem mais dúvidas? Confira as respostas às perguntas mais frequentes sobre a Mega-Sena.

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Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 169 milhões; veja os números de hoje - UOL Confere
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PAGAMENTOS POR APROXIMAÇÃO: Veja como se proteger de golpes - Notícias Concursos

Não é novidade para ninguém que os pagamentos por aproximação, ou seja, o contactless, chegaram para facilitar o cotidiano de todo o cidadão brasileiro. A justificativa é simples: para realizar um pagamento basta aproximar o cartão da máquina e pronto, a transação está concluída.

Contudo, em meio a tanta praticidade na hora de pagar uma compra, alguns pontos precisam ser levados em consideração, como, por exemplo, a tentativa de golpes e fraudes. Em outras palavras, a segurança neste momento é de suma importância. Por conta disso, entender todas as informações sobre essa modalidade pode evitar que os usuários passem por golpes.

Nesse sentido, a seguir, confira algumas recomendações necessárias para que os pagamentos por aproximação aconteçam da melhor maneira possível e a sua compra ocorra de maneira satisfatória.

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Os pagamentos por aproximação são seguros?

Essa modalidade é que mais cresce no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs), o número de transações por aproximação aumentou 7 vezes em relação ao mesmo período do ano passado

Em primeiro lugar, é importante destacar que os pagamentos por aproximação são seguros. Com a tecnologia contactless, por exemplo, o pagamento pode ser feito em uma distância de até 4cm entre o cartão e a maquininha. Por isso, é indicado manter o cartão afastado até que você possa conferir o valor da transação.

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Geralmente, as compras por aproximação são limitadas a R$200 por transação, a depender do banco do usuário. Para qualquer valor acima do estipulado inicialmente, por exemplo, será necessário inserir uma senha. Geralmente, cada cliente pode fazer até 5 pagamentos por aproximação por dia.

Portanto, como qualquer outra transação envolvendo cartão, é necessário tomar alguns cuidados. Confira as dicas a seguir.

Dicas de segurança: Proteja-se de golpes do cartão por aproximação

1. Acompanhe o extrato das suas transações

Em primeiro lugar, é importante destacar que é possível colocar uma senha, mesmo para pagamentos via contactless, conforme informação anterior.

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Após isso, com os aplicativos de cartão ou de instituições financeiras você não precisa mais esperar a fatura chegar para conferir as compras que realizou no último mês. Você pode, por exemplo, acompanhar o seu extrato, periodicamente, para ter certeza que reconhece todas as transações.

2. Ative as notificações do aplicativo

Não deixe de verificar as notificações do seu aplicativo. Além de ficar de olho no extrato de suas transações, é importante ativar as notificações do aplicativo para receber um aviso sempre que uma nova compra for feita.

Dessa forma, você poderá identificar quase que instantaneamente quais compras são suspeitas e pode prosseguir para o bloqueio do cartão de crédito.

3. Desabilite a função de aproximação, caso precise

Ademais, essa função pode ajudar você bastante na hora de usar a função de aproximação. Geralmente, os novos cartões já chegam para você com a tecnologia contactless, mas você pode desabilitar a função a qualquer momento.

Na maior partes dos bancos, é necessário seguir para Configurações e, por lá, realizar o bloqueio dos cartões.

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4. Atenção com o cartão

Com a possibilidade de realizar o pagamento por aproximação, é preciso ter ainda mais atenção com o lugar que você deixa seu cartão de crédito. Isso porque a ferramenta pode ser utilizada por qualquer pessoa sem sua autorização. Pelo mesmo motivo você também deve evitar emprestar seu cartão para terceiros.

5. Bloqueio do cartão em caso de roubo ou perda

Se você for assaltado ou perder o cartão prossiga para o bloqueio do cartão pelo aplicativo, e informe ao seu banco sobre o ocorrido, o quanto antes. Assim, você se resguarda de compras futuras.

Se você tomou todos os cuidados acima, mas, mesmo assim, foi vítima de alguma fraude envolvendo compras por aproximação, fique calmo e entre em contato imediatamente com o seu banco.

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Veja o que é sucesso na Internet:

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Friday, September 23, 2022

EXCLUSIVO: Equatorial compra CELG-D da Enel por R$ 1,6 bi e assume R$ 6 bi em dívida - Brazil Journal

A Equatorial Energia fechou durante a madrugada a compra da CELG-D, a distribuidora de energia de Goiás que havia se tornado uma dor de cabeça para a italiana Enel devido aos blackouts que atormentam o estado, fontes próximas às negociações disseram ao Brazil Journal.

A Equatorial está pagando R$ 1,6 bilhão pela CELG-D e assumindo a dívida líquida de R$ 5,9 bi reportada em 31 de março, o último balanço publicado.

Em 2018, um ano depois de comprar a CELG-D por R$ 2,2 bi, a Enel reconheceu uma base de ativos regulatória (RAB) de R$ 3 bi.  De lá para cá, os italianos investiram R$ 5 bilhões na empresa, o que sugere que a RAB atual seja de pelo menos R$ 8 bi.

Olhando apenas estes números e desconsiderando eventuais contingências que podem encarecer a aquisição, a Equatorial está pagando um enterprise value ligeiramente abaixo de RAB, enquanto as distribuidoras negociam na Bolsa a um múltiplo médio de 1,7-1,8x EV/RAB. Já a Equatorial negocia com um prêmio de cerca de 10%, em torno de 2x.

A Equatorial – que levantou R$ 2,8 bilhões em fevereiro a R$ 23,50/ação – vai pagar a compra usando parte de seus mais de R$ 10 bilhões em caixa.

Com a aquisição, a Equatorial finca sua bandeira em um estado que ostenta muita demanda reprimida por energia depois de anos de subinvestimento. Entre 2010 a 2020, Goiás cresceu substancialmente acima do Brasil em boa parte graças à força do agronegócio.

Apesar de ter acelerado investimentos para fazer um catch-up, a Enel se viu numa situação política delicada quando começou a faltar energia em Goiânia diversas vezes por dia.

“A Enel caminha para descumprir pelo segundo ano consecutivo as metas de melhoria dos serviços da Aneel, e isto pode lhe custar a perda da concessão,” o Governador Ronaldo Caiado disse numa entrevista recente. “O melhor caminho é que ela desista de tentar lucrar com a operação de venda e transfira o controle. Queremos a Enel fora de Goiás.”

Esta é a sétima aquisição de uma distribuidora pela Equatorial, uma empresa que fez sua reputação em cima de turnarounds complexos no Brasil profundo.

O modelo de gestão da Equatorial já foi aplicado no Maranhão (2004), Pará (2012), Piauí (2018), Alagoas (2019), Rio Grande do Sul e Amapá (2021).

Mas a aquisição da CELG-D é a maior já feita pelo grupo em distribuição de energia – e tem um dos maiores retornos projetados da história da Equatorial, disseram as fontes, sem fornecer números.

Um analista disse que esta pode ser a terceira aquisição mais atraente na história da companhia, depois do Maranhão e Pará, nas quais a Equatorial pagou múltiplos de 0,6x e 0,8x EV/RAB, respectivamente.

A transação é uma derrota para a Energisa, que tem diversas concessões ao redor de Goiás e também disputava o ativo.

BTG Pactual assessorou a Equatorial, que trabalhou com o Mattos Filho.

Itaú BBA assessorou a Enel, que trabalhou com o Pinheiro Guimarães.

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Thursday, September 22, 2022

PF faz operação contra crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa - Globo

PF faz operação em empresas envolvidas em esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa — Foto: Divulgação/Polícia Federal

PF faz operação em empresas envolvidas em esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (22), operação contra crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa apurados no período de 2017 a 2021, e que ainda persistem.

Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva; 37 de busca e apreensão, sendo 22 pessoas físicas e 15 pessoas jurídicas.

As determinações judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Franca, Campinas, Santo André; Mogi das Cruzes, Barueri, Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Florianópolis, Caxias do Sul, Recife e Curitiba.

Dentre as pessoas jurídicas, destacam-se mandados de busca em seis Exchanges, quatro instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio e três escritórios de contabilidade.

Além dos mandados de busca e apreensão, foi determinado o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor aproximado de R$ 1.247.770.199,05.

Investigação

As investigações tiveram início a partir de Relatório de Inteligência Financeira, com comunicações de movimentações bancárias suspeitas envolvendo a negociação de criptoativos.

Segundo a PF, os investigados foram divididos em grupos.

O grupo dos arbitradores era responsável pela aquisição de grandes quantidades ativos virtuais no exterior, em países como Estados Unidos da América, Cingapura e Hong Kong, e a sua venda no Brasil.

Ainda de acordo com os investigadores, esse grupo realizou remessas de valores para o exterior na ordem de mais de R$ 18 bilhões. Parte da documentação apresentada aos bancos possui indícios de desvio de finalidade.

A documentação em questão tinha como objetivo ocultar a origem nacional dos valores, já que, segundo apurado, as Exchanges americanas não aceitavam a compra de criptoativos com recursos oriundos do Brasil.

O outro grupo era responsável pela compra dos ativos virtuais dos arbitradores e a sua revenda para pessoas físicas e jurídicas, com indícios de envolvimento em ilícitos antecedentes.

Já o terceiro grupo era formado por empresas de fachada que adquiriam os criptoativos com a finalidade de lavagem de dinheiro.

Dentre os clientes, estavam pessoas mortas, beneficiários de programas assistenciais, idosos com mais de 90 anos de idade, doleiros, contrabandistas e comerciantes de bairros de comércio popular de diversas cidades do país, em especial do Brás e da 25 de Março.

Ainda de acordo com a PF, foi apurado que um único contador era responsável por mais de 1.300 empresas sediadas nesses locais de comércio popular de São Paulo.

A maioria dessas empresas era de fachada. Durante o período investigado, as empresas administradas por esse contador movimentaram, aproximadamente, R$ 1 bilhão com os arbitradores e as Exchanges investigadas.

As investigações apontaram que, após cada operação policial realizada, as empresas de fachada comprometidas eram fechadas e novas empresas abertas, de modo a viabilizar a continuidade da movimentação dos valores de origem ilícita. Há casos de empresas de fachada que já estão na terceira geração.

Ao longo das investigações, levantou-se que em um período de quatro anos os investigados movimentaram mais de R$ 61 bilhões através do sistema bancário formal.

Ao todo, mais de 40 instituições financeiras movimentaram recursos dos investigados. Em certos casos, algumas dessas instituições, ao detectarem tais movimentações suspeitas, comunicaram tais fatos ao COAF e encerraram relacionamento com os clientes investigados.

Porém, os investigados ingressaram com ações na Justiça e obtiveram decisões judiciais favoráveis, obrigando, assim, os bancos a continuarem movimentando recursos dessas empresas.

Comprar e vender ativos virtuais, assim como realizar operações de arbitragem não é crime. Porém, cada vez mais pessoas interessadas em ocultar a origem de recursos ilícitos tem feito uso deste tipo de artificio.

Devido à regulação atual e à falta de controle mais efetivo, os investigados revenderam ativos virtuais a pessoas físicas e jurídicas interessadas em lavar valores oriundos de crimes.

As investigações apontam que, durante os anos de 2017 e 2019, os ativos virtuais preferidos pelos investigados, para fins de ocultação de valores e/ou remessa para o exterior eram ativos virtuais como o Bitcoin.

Devido a sua grande volatilidade, a partir de 2020, a bitcoin foi substituído por outros ativos virtuais pareados a moedas estrangeiras como o dólar americano, denominados de stablecoins, cuja variação de valor é menor.

As análises fiscais realizadas pela Receita Federal demonstraram que muitos dos investigados prestaram milhares de declarações em consonância com o normativo da RFB.

Porém, quando essas declarações fiscais foram confrontadas com as movimentações bancárias dos investigados, foram detectadas discrepâncias da ordem de mais de R$ 1 bilhão, em um único caso.

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Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 170 milhões; veja números sorteados - Jovem Pan

A quina teve 202 ganhadores e cada um vai receber R$ 54.431,51

Marcelo Camargo/Agência Brasil Mega-Sena Mega-Sena acumula mais uma vez até o prêmio de sábado

O concurso 2.522 da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira, 21, no Espaço Loterias da Caixa em São Paulo, não teve acertadores das seis dezenas. Os números sorteados foram: 04 – 05 – 25 – 32 – 39 – 40. O próximo concurso acontece no sábado, 24, deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões. A quina teve 202 ganhadores e cada um vai receber R$ 54.431,51. Os 17.799 acertadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 882,48. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50. O sorteio é realizado às 20h, no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

*Com informações da Agência Brasil

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Wednesday, September 21, 2022

Quem é Sidnei Piva que comprou a Itapemirim por R$ 1 antes de empresa falir - UOL Economia

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou hoje (21) a falência do Grupo Itapemirim, empresa de transporte rodoviário e aéreo. A recuperação judicial ocorria desde 2016 e as dívidas somam R$ 200 milhões e mais R$ 2 bi em despesas pendentes com impostos e previdência.

A Itapemirim foi fundada por Camilo Cola, ex-praça da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Depois, foi vendida por R$ 1 para Sidnei Piva de Jesus.

Afinal, quem é Sidnei Piva de Jesus?

Sidnei Piva comprou o grupo de transporte rodoviário Itapemirim por R$ 1 em 2016, quando a empresa já atravessava um processo de recuperação judicial. Assumiu ali também as dívidas da companhia, que hoje somam ao menos R$ 2,2 bilhões.

Pouco menos de quatro anos depois, o empresário fixou seu salário em R$ 300 mil por mês — um valor dentro dos parâmetros do mercado para um presidente de uma empresa grande que apresenta boa performance, mas não para uma com dívidas bilionárias na praça. Diante da polêmica gerada, decidiu abrir mão da remuneração.

Essa não foi a única polêmica da trajetória empresarial de Piva e de sua companhia aérea, a ITA, que parou de operar repentinamente no fim de 2021, causando caos nos aeroportos e deixando milhares de passageiros sem atendimento na reta final do ano passado. Envolvido em diversas disputas na Justiça, ele nega todas as acusações das quais é alvo.

Piva trava uma briga na Justiça com a família que controlava o grupo Itapemirim antes dele. Segundo Andreia Cola, neta do fundador da companhia, Camilo Cola, o acordo firmado com Piva previa que o patrimônio da família não entraria no negócio. Piva, porém, conseguiu na Justiça ficar com os bens dos Cola.

"Nossa família perdeu quase tudo. Casa, apartamento e outros imóveis que não faziam parte da operação, mas faziam parte do patrimônio da empresa, já que a companhia só tinha um controlador", diz Andreia. A Itapemirim, porém, diz que Andreia não tem provas das denúncias, enquanto a disputa segue.

Desconfiança

Desde o início da operação, o mercado colocava dúvidas sobre a viabilidade da ITA, que chegava a um mercado disputado num momento especialmente difícil, além de ser derivada de um grupo em recuperação judicial.

Quando já havia uma série de reclamações de fornecedores e trabalhadores da Itapemirim por atraso em pagamentos, Piva abriu uma empresa de serviços financeiros em Londres no valor de 780 milhões de libras (R$ 5,9 bilhões).

Piva afirma se tratar de uma companhia para facilitar o arrendamento de aeronaves e com a qual investiu em títulos da dívida brasileira.

"Não tem nada ilegal. O que existe é o valor presente de R$ 70 mil (em dívida) projetados para daqui a 100 anos. É mentira uma hipótese que você (eu) tem R$ 6 bilhões. Seria o terceiro homem mais rico do Brasil se eu tivesse isso." A fortuna de cada um dos dez mais ricos do País, porém, ultrapassa US$ 30 bilhões (R$ 170 bilhões).

Ainda que não esteja na lista dos brasileiros mais ricos, Piva tem hábitos de consumo refinados. Documentos obtidos pelo Estadão em um processo que corre sob sigilo na Justiça de São Paulo mostram que, em 2020, em um shopping de Dubai, gastou R$ 29 mil no cartão de crédito.

Em outra viagem — a Paris — foram R$ 23 mil na Louis Vuitton. Entre fevereiro e março, gastou R$ 40 mil em um resort no Rio. Questionada sobre os gastos, a Itapemirim afirmou que eles foram pagos pela pessoa física de Piva, sem prejuízo à companhia.

*Com informações da Agência Estado

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Entenda como o aumento da taxa de juros nos EUA atinge a economia brasileira - InfoMoney

O Federal Reserve decidiu elevar a taxa de juros em 0,75 ponto percentual – a quinta alta seguida do ano. Apesar da subida de juros acontecer nos EUA, ela se reflete de algumas formas na economia brasileira.

A chamada “Super quarta” – quando as agendas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e do Banco Central (BC) convergem para o anúncio dos juros no mesmo dia – indicará os rumos a serem tomados pelas autoridades monetárias dos dois países nos próximos meses.

A subida dos juros nos EUA inevitavelmente causa impacto global – e, evidentemente, a economia brasileira também é atingida. A flutuação do câmbio e os preços das ações negociadas na Bolsa de Valores são afetados, assim como o volume de investimentos.

Leia também: Banco Central interrompe ciclo de alta da Selic e mantém taxa em 13,75%

Os efeitos da alta de juros nos EUA para os investimentos no Brasil

Um dos principais efeitos da alta na taxa de juros americana se dá sobre os ativos brasileiros, que se tornam menos atraentes para os investidores estrangeiros. Na prática, a elevação dos juros nos EUA incentiva a aplicação em papéis no Tesouro americano, que são mais seguros e oferecem baixíssimo risco de perdas. A aplicação em países de economia emergente, como o Brasil, é apontada como de maior risco por causa da instabilidade desses mercados. Com menos capital disponível, a chance de que as ações de empresas listadas na Bolsa brasileira sejam negociadas fica ainda menor.

Grosso modo, quando os juros sobem, os títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA – que normalmente já seriam mais atraentes para os investidores – se tornam ainda mais vantajosos, o que gera um fluxo de investimento maior em sua direção.

“Quanto mais o BC americano subir juros, menor o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA. E esse diferencial menor acaba sendo importante para determinar, por exemplo, a cotação do real”, afirma Gabriel Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset, em entrevista ao InfoMoney. “Começa a ficar menos interessante para o investidor estrangeiro aplicar no Brasil ou em outros países emergentes”, explica.

Leia mais: O que explica o crescimento surpreendente da economia brasileira?

Pressão sobre o real

O câmbio também é diretamente atingido pela escalada da taxa básica de juros definida pelo Fed. O maior volume de investimento nos EUA leva à valorização do dólar em relação a outras moedas, especialmente aquelas dos países emergentes. O raciocínio é simples: no Brasil, se os investidores são afugentados para outros mercados, a moeda americana entra no país em menor quantidade; mais escassa, seu valor sobre o real sobe.

“O real tende a ficar mais pressionado por essa taxa de juros mais alta do Fed”, diz Barros. “Em condições normais, isso é uma pressão contra a valorização do real. Quanto maior a taxa de juros do Fed, menor o espaço para a apreciação do real.”

Uma das consequências desse movimento é o encarecimento de produtos importados, commodities e itens de alta tecnologia, entre outros. Ao fim e ao cabo, a valorização do dólar pode gerar até aumento da inflação no Brasil, pois a importação de componentes amplamente utilizados pela indústria nacional se torna mais custosa. Um dos exemplos mais emblemáticos é o petróleo produzido pela Petrobras, cujo preço está atrelado ao dólar. A política de preços dos combustíveis está vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional.

Inflação acima do esperado

Nas reuniões do Fed de junho e julho de 2022, houve elevação de 0,75 ponto porcentual na taxa de juros, levando o indicador à faixa de 2,25% a 2,5% ao ano. O ciclo de alta teve início em março – só em 2022, o índice já havia subido desde então 2,25 pontos.

Segundo dados divulgados no dia 13 de setembro pelo Departamento do Trabalho do governo americano, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,1% em agosto em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, a inflação é de 8,3%. O resultado veio acima das estimativas, que apontavam até uma deflação de 0,1% na base mensal de comparação e uma elevação anual de 8,1%, de acordo com a Refinitiv. Para conter a pressão inflacionária, o aperto monetário do Fed deve continuar.

“O que os membros do Fed têm sinalizado é que eles vão evitar tomar uma decisão com base em um único mês. Do ponto de vista do Fed, eles estão olhando mais a floresta dos dados econômicos do que a árvore”, analisa Gabriel Barros.

“Com o núcleo de inflação pressionado e o Fed ainda longe de chegar à taxa terminal, eles devem continuar [a subida dos juros] independentemente desse resultado pontual. A mensagem do Fed é que o juro ainda está muito distante do que eles entendem como o ideal para domar a situação”, completa economista-chefe da Ryo Asset.

Expectativa para a Selic

Na “Super quarta”, além da decisão do Fed sobre os juros nos EUA, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá para definir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). Atualmente, o índice é de 13,75% ao ano, mas há quem imagine que o ciclo de altas seja finalmente interrompido.

Na reunião do Copom em agosto, a Selic subiu 0,5 ponto porcentual. O BC iniciou a escalada dos juros em março de 2021, quando elevou a taxa de 2% (mínima histórica) para 2,75% ao ano. Desde então, foram 12 aumentos consecutivos. No início deste mês, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou que a inflação ainda inspira atenção no país e, por isso, os juros não devem começar a baixar imediatamente.

“O mercado tem a expectativa de manutenção do índice atual da Selic ou de elevação em mais 0,25%, para 14% ao ano. O BC deve segurar essa taxa em um patamar elevado, 13,75% ou 14%”, projeta Gabriel Barros. “A taxa de juros deve ficar alta por um bom tempo. O BC só vai reduzir juros quando tiver muita segurança de que conseguiu ancorar as expectativas de inflação para 2023 e 2024.”

Recessão no horizonte

Além de subir os juros para enfrentar a inflação, os EUA vêm se preparando para uma recessão econômica cada vez mais provável, possivelmente a partir de meados de 2023. Para Barros, a recessão é inevitável, mas não deve ser tão profunda. “Você ainda tem os setores de comércio e serviços fortes nos EUA. Com o mercado de trabalho resiliente, pode haver uma sustentação para a atividade econômica”, afirma. “É uma recessão, mas acabará sendo uma recessão branda.”

Com a iminente contração da maior economia do mundo, países emergentes como o Brasil devem se preparar para um cenário hostil a partir do ano que vem – justamente quando um novo mandato presidencial terá início, em 1º de janeiro. “Além da recessão nos EUA, temos a China e a Europa desacelerando. É uma desaceleração sincronizada de grandes economias dos principais parceiros comerciais do Brasil. Não tem como isso não bater na gente. Vai tirar fôlego do nosso crescimento”, projeta Barros.

“Até agora, a economia brasileira vem bem e está surpreendendo, mas isso tem muito a ver com a reabertura do pós-pandemia e as transferências de renda apresentadas pelo Executivo e aprovadas no Congresso. Não vai durar para sempre. A recuperação cíclica uma hora chegará ao fim.”

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Eles mudaram academia, plano de saúde e colégio para aguentar a inflação - UOL Economia

Com inflação e redução de renda, muitas famílias relatam que tiveram de substituir alguns serviços por outros mais baratos para enxugar os gastos. Entre as medidas, estão troca de academia, plano de saúde e escola dos filhos.

A funcionária pública federal Ageni Dutra, 48, do Rio, contou ao UOL que há três meses conseguiu concluir a portabilidade do plano de saúde dela, do marido e da filha de 24 anos. A medida se tornou importante após o antigo plano da família sofrer um aumento de 26%. A família reduziu o custo mensal com o plano de saúde de R$ 1.719 para R$ 1.308 — o que representa uma economia de R$ 411 mensais ou de R$ 4.932 por ano.

Família vendeu carro também: Antes, em 2020, Dutra já havia vendido o carro da família para cortar os gastos com IPVA, gasolina, estacionamento, seguro e manutenção preventiva, que somados consumiam mais de R$ 14 mil por ano. A medida ocorreu após o marido dela ser demitido.

"Quando o preço da gasolina disparou, decidimos vender o carro e passamos a usar o transporte público, carro por aplicativo e até mesmo alugar. É uma baita economia. Só de estacionamento pagávamos R$ 1.500 por ano", disse

Além disso, reduzir o uso do cartão de crédito e procurar produtos em ofertas no mercado foram outros hábitos adotados pela família.

Professora troca escola dos dois filhos: A professora universitária Andrea de Barros, 46, de São Paulo, também precisou reorganizar os gastos da casa. Com a demissão do marido em 2019, o jeito foi trocar os filhos gêmeos de escola. Com isso, a despesa do colégio passou de R$ 3.500 por filho para R$ 700 —uma economia de R$ 5.600 mensais ou R$ 67.200 por ano. Hoje, o gasto mais alto da família de cinco pessoas é com alimentação.

"É um momento de cuidado com o que se tem e com o que se gasta, pois o futuro está incerto", diz a professora.

Os filhos de Andrea foram para a escola Luminova, que percebeu mudança no perfil dos alunos.

"Em 2019, a gente teve entrada de 60% de pessoas de escola pública. Hoje é o inverso: 60% dos alunos vieram de escolas privadas e 40% da educação pública. Esse movimento é perceptível desde 2021 e a tendência é que continue nos próximos dois anos", disse Victor Santana, diretor da rede.

Academia pela metade do preço: Quem também precisou apertar o cinto foi Dolores Vieira, de 63 anos, moradora da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Depois de 10 anos frequentando ininterruptamente a academia, a aposentada contou que, devido ao aumento de custo de vida no último ano, o valor da atividade física começou a pesar no bolso.

A solução foi trocar de academia. Hoje, Dolores paga uma mensalidade 50% mais barata e usufrui da mesma estrutura que antes: dança, exercícios aeróbicos, além da musculação.

A aposentada contou ainda que nos últimos dois anos ela já havia aberto mão de outros "luxos" como manicure, e ir ao cabeleireiro frequentemente.

"É um gasto bem alto, então eu suspendi. Só vou [no salão] se tiver uma festa. Na família, todo mundo mudou os hábitos [de consumo] para poder estar de pé".

Alunos buscam preços menores: Dolores foi para a Red Fitness Academia. Ao UOL, a marca informou que cerca de 40% dos alunos migraram de outras marcas em busca de um bom custo-benefício.

Ronaldo Godoy, cofundador da rede, contou ainda que a marca cresceu cerca de 60% após a pandemia.

Como está a renda do brasileiro? Uma pesquisa realizada pela Serasa e pelo Opinion Box apontou que um pouco mais de um terço dos brasileiros (34%) tiveram redução de renda devido aos impactos da pandemia do coronavírus. De acordo com o levantamento, quando se comparam as principais despesas do período anterior, constata-se que o aumento dos gastos se concentra em supermercados,e hipermercados e farmácias.

Uma pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostra ainda que o número de brasileiros endividados atingiu novo recorde em agosto, passando de 78% para 79% do total de famílias do país.

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