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Friday, September 1, 2023

Ibovespa: os fatores que levaram o índice a saltar 1,86% no 1º pregão do mês após um agosto negativo - InfoMoney

Após um agosto de queda de mais de 5% para o Ibovespa, o índice registrou uma sessão de euforia nesta sexta-feira (1), inaugurando setembro no positivo.

O Ibovespa encerrou a sessão com salto de 1,86%, a 117.892 pontos, com uma combinação de fatores levando a alta do mercado acionário. Com o desempenho desta sexta, o índice acumulou alta de 1,77% na semana, marcada por altos e baixos com dados dos EUA e divulgação do Orçamento de 2024.

A sexta-feira já começou com um ambiente mais positivo no exterior, refletindo as notícias de mais estímulos ao setor imobiliário na China e o avanço do PMI da segunda maior economia mundial à zona de expansão, conforme destacou a Ágora Investimentos.

Neste cenário, os preços futuros do minério de ferro registraram ganhos de 0,48% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 116,49 por tonelada, o que inclusive puxou para cima a ação com maior participação no índice, a da Vale (VALE3). As ações fecharam em alta de 5,85%, também impulsionadas pela elevação de recomendação para equivalente à compra pelo JPMorgan.

Ainda em destaque, os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira para o maior nível em mais de meio ano e interromperam uma série de perdas de duas semanas, impulsionados pelas expectativas de redução da oferta.

O petróleo Brent fechou em alta de 1,9%, a US$ 88,49 o barril. Anteriormente, atingiu a máxima da sessão, a US$ 88,75 por barril, a maior desde 27 de janeiro. O WTI subiu cerca de 1,7%, para US$ 85,02. Anteriormente, subiu para  US$ 85,81, o maior nível desde 16 de novembro. A alta do petróleo impulsionou os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4), com ganhos respectivos de 3,33% e 2,16% para os ativos ON e PN.

Mais dados macroeconômicos impulsionaram o mercado.

No Brasil, o PIB subiu 0,9% ante o primeiro trimestre de 2023, bem acima da projeção de alta de 0,3% do consenso Refinitiv, e cresceu 3,4% frente o segundo trimestre de 2022 (ante projeção de alta de 2,7%).

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“Veio acima da expectativa do mercado, de fato o agro devolveu parte do crescimento passado. Só que uma surpresa positiva foi o setor industrial, que vinha patinando, além do setor de serviços”, avaliou o analista-chefe Lucas Carvalho, da Toro Investimentos.

Posteriormente, os EUA divulgaram o payroll (relatório de emprego), mostrando a criação de 187 mil vagas, acima do esperado. Contudo, houve revisão, para baixo, no resultado anterior, e a taxa de desemprego subiu (de 3,5% para 3,8%), elevando as apostas de fim de ciclo de alta dos juros americanos.

Na tarde desta sexta, a plataforma de monitoramento do CME Group mostrava que a probabilidade de que a referência dos Fed Funds seja mantida na próxima reunião do Fed era de 93%, ante 7% de uma alta de 0,25 ponto percentual. Ontem, as chances eram de 88% e 12%, respectivamente.

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“Os dados vieram todos bons”, avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, no sentido de reforçar as expectativas de suspensão do processo de alta dos juros dos EUA. “A taxa de desemprego veio maior, mostrando que há mais pessoas desempregadas, o ganho de salário caiu, o que tende a diminuir a inflação. Apesar de a geração de vagas ter vindo mais do que o previsto, o anterior foi revisado para baixo. Praticamente chancela expectativas de fim de ciclo de alta dos juros pelo Fed”, estimou Laatus. A projeção era de alta nos ganhos médios salariais de 0,3% frente julho e eles vieram em alta de 0,2%.

Segundo André Cordeiro, economista-sênior do Inter, embora o comportamento dos salários ainda possa preocupar o Federal Reserve porque continuam em patamares elevados, há sinais de que a política monetária está desacelerando o mercado de trabalho.

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“A tendência é de esfriamento do mercado de trabalho… Acho que está posto para a próxima reunião (nos dias 19 e 20 de setembro) o Fed não fazer nada, pular essa decisão, esperar chegar em novembro para ter uma maior quantidade de dados disponíveis pra averiguar”, afirmou.

Diante desse cenário, o Dow Jones subiu 0,33%, o S&P500 teve alta de 0,18% e o Nasdaq teve leve variação negativa de 0,02%. Na semana, o Dow Jones teve alta de 1,43%, S&P 500 subiu 2,50% e o Nasdaq avançou 3,25%.

Enquanto isso, as variações foram mais modestas no mercado de câmbio. O dólar comercial caiu 0,21%, a R$ 4,940 na compra e R$ 4,941 na venda, enquanto os principais contratos de juros futuros tiveram um fechamento misto.

As taxas dos contratos futuros de juros de curto prazo fecharam a sexta-feira em leve alta, reagindo ao PIB acima do esperado, enquanto as taxas longas migraram para o negativo no fim da sessão, após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre possíveis impactos positivos da atividade na arrecadação do governo.

Os dados do PIB, na visão Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, reforçaram a visão de que o Banco Central não terá espaço para acelerar no curto prazo o processo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,25% ao ano.

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Na ponta longa da curva a termo, taxas também subiram em boa parte da sessão, ainda refletindo certo desconforto com a proposta de Orçamento para 2024 enviada pelo governo ao Congresso na quinta-feira.

Seguem as preocupações com a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit zero em 2024 e também repercutindo o PIB acima das projeções. Sobre o fiscal, o mercado segue cético de que a meta de déficit fiscal zero será atingida. “Continuamos a entender que será difícil atingir o resultado primário zero em 2024”, diz a Warren Rena.

Em evento durante a tarde desta sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que o PIB “foi bastante bom” e que deve “inclusive refletir numa arrecadação melhor”. Ao mesmo tempo, pontuou que o crescimento da despesa primária no Brasil é “bastante alto” quando comparado com países desenvolvidos e outros emergentes.

Na reta final dos negócios, após os comentários de Campos Neto, os juros longos migraram para o negativo e encerraram em leve baixa.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,385%, ante 12,391% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,57%, ante 10,529% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2026 estava em 10,18%, ante 10,15%.

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(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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